“Não faz sentido ter um banco público”, diz o banqueiro português António Esteves, ex-Goldman Sachs
O ex-Goldman Sachs António Esteves diz que o sector
financeiro vai ser palco de concentração de atores no mercado. E defende a
existência de bancos privados de capital português
Há bancos portugueses a mais para a dimensão de Portugal.
António Esteves, o gestor bancário que esta semana lançou um fundo de
investimento focado em Portugal, chamado Fortitude Portugal Special
Situation Fund, defende que “a CGD devia ser privada, com capitais privados
portugueses”. Mas não fica por aqui, diz também que “devia haver um movimento
de concentração para termos apenas dois bancos portugueses muito fortes, em vez
de termos um BCP, uma CGD, o Montepio e o Novo Banco”. Mesmo quando questionado
com o facto de os cinco maiores bancos controlarem mais de 80% do mercado,
António Esteves diz que “o país não tem dimensão para isso”. E adianta que
“desses cinco deveria passar-se a quatro”.
“Há prós e contras em ter um banco público, mas sou mais favorável
a ter bancos privados”, acrescenta, considerando que a CGD “pode ser um
instrumento importante em algumas operações de grande envergadura no mercado
com players nacionais”, já que “o compromisso de um banco com capital privado
português é completamente diferente do compromisso de qualquer outro banco, por
exemplo espanhol”. “Não devemos estar dependentes de bancos com capital
estrangeiro.”
Fonte: Expresso, 14 de maio de 2023
Ninguém entende por que razão os bancos estão falidos. Começaram
a falir em 2006 e nunca recuperaram, ninguém o admite, apenas admitem que há “crises”.
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