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A mostrar mensagens de dezembro, 2022

Gigi Hadid acusada de blackface na capa da Vogue Itália

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Quem já viu Gigi Hadid sabe que, além da pele branca, a modelo é loira e tem olhos azuis. Não foi o que apareceu na capa da Vogue Itália de maio de 2018, que mostrava a modelo com a pele mais escura que o usual. Na época, tanto Gigi, quanto a publicação, pronunciaram-se sobre as fotos do fotógrafo Steven Klein por causa da repercussão negativa e da acusação de blackface . De acordo com a revista, a ideia era contar uma história de moda praia com um bronzeado estilizado e disse entender que as imagens tenham causado debate, pedindo desculpas pela ofensa causada. Gigi também se desculpou, mas lembrou que o seu controlo numa sessão de fotografias é inexistente. Fonte: GZH

Prada com bonecos macacos

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Foi no final de 2018 que a marca italiana Prada virou assunto pelo racismo contido numa das suas coleções, a Pradamalia. Entre os produtos estão chaveiros, conjuntos de brincos e pingentes de colar, todos com os macacos de rosto escuro e grandes lábios vermelhos que deram a cara da colaboração entre a marca e a 2x4 New York. O problema é que os bonecos eram parecidos com as caricaturas racistas feitas de pessoas negras do passado, o que gerou repercussão.  A marca emitiu um pedido de desculpas, dizendo que o design era uma fantasia, sem intenções de racismo. Disse, também, que retiraria os objetos e personagens de circulação, afirmando abominar todas as formas de racismo.  Fonte: GZH

Farm e a estampa do Brasil Colónia

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A Farm não aprendeu com o episódio envolvendo outra marca carioca, a Maria Filó. Na coleção de verão de 2017, a marca trouxe uma estampa que retratava uma cena no Brasil no século XIX. A movimentação em torno da estampa começou depois que um bloguista carioca percebeu que a cena retratava pessoas negras como escravas. A marca apagou as fotos da estampa de todas as suas redes sociais e postou um pedido de desculpas, afirmando que a peça seria removida das lojas. Fonte: GZH

Estampas de escravas da marca carioca Maria Filó

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Em 2016, a carioca Maria Filó virou assunto nas redes depois de uma consumidora chamar a atenção para o fato de que a estampa de uma das peças era a imagem de mulheres negras servindo brancas.  Tâmara Isaac postou numa rede social um texto que viralizou, depois de visitar uma loja da marca em Niterói, no Rio de Janeiro.  Na época, a marca enviou uma nota desculpando-se e se comprometendo a retirar as peças das lojas.  Fonte: GZH

Gucci e a camisola acusada de blackface

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Essa polémica aconteceu logo antes das comemorações do aniversário da diretora da Vogue, Donata Meirelles. No começo do mês, uma camisola com balaclava da Gucci rendeu muito nas redes sociais. À venda tanto no site quanto nas lojas físicas. Na divulgação, uma modelo branca usa a blusa preta que tem uma gola que chega até metade do rosto e uma boca desenhada, com a abertura para a boca de quem está usando a peça foi acusada de blackface . A marca retratou-se e retirou a peça de circulação, além de divulgar uma nota pedindo desculpa, além de garantir que todas as peças foram recolhidas e que a marca estava se esforçando para transformar o incidente num momento de aprendizado.  Fonte: GZH

Vogue Brasil e o tema Pop África no seu Baile de Gala de 2016

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Todos anos, a Revista Vogue organiza o tradicional e mega concorrido baile de gala, onde recebe apenas as celebridades mais influentes - contando, inclusive, com nomes internacionais. Em 2016, a revista decidiu homenagear África. Com o tema Pop África, recebeu personalidades, profissionais do mundo da moda, fotógrafos e outros ilustres com looks que tentavam unir características do continente e moda. A festa rendeu uma grande polémica por causa da apropriação cultural apontada por ativistas e internautas. Entre os convidados, teve quem apareceu usando cabelo crespo como acessório, muitos turbantes em pessoas brancas e o famoso blackface , com mulheres brancas utilizando maquilhagem para ficarem com a pele mais escura. Fonte: GZH

Elementos de Cultura Portuguesa (9)

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História de amor Eusébio Leão, nascido em Gavião, Portalegre, médico, propagandista da República. Foi ele que leu o documento da proclamação da República na varanda da Câmara de Lisboa. Teve uma filha, Ester Leão, nascida em 1892. Depois de ser governador civil de Lisboa foi nomeado embaixador em Roma (na época chamava-se ministro plenipotenciário). A filha ficou encantada com os espetáculos de teatro italiano e decidiu ser atriz, mas a família proibiu. Aos 21 anos pôde então enveredar pela arte de palco. Estreou-se no Teatro da República em 1913, e foi representando até 1930 e tal. Formou uma companhia que só encenava originais portugueses. Já com 40 anos, não sendo bonita, tinha personalidade magnética, muito comunicativa, foi representar ao teatro de Coimbra. Um caloiro viu-a representar e perdeu a cabeça, entra pelo camarim, cobre-a de beijos e nunca mais a largou. Ela vai para Lisboa, ele compra bilhete e vai na mesma carruagem. Instala-se no mesmo hotel dela. Ela vai pa

Elementos de Cultura Portuguesa (8)

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Quatro locais gay de Lisboa fecharam em três meses Agora foi a vez de o The Cock anunciar que encerrou portas “definitivamente”. Segundo explicou Licínio Cordeiro, responsável pela discoteca, na origem da decisão estão “motivos de restrição de horário”. O The Cock, que abriu portas em 2013, funcionava na rua do Noronha (Príncipe Real) entre as quatro e as nove da manhã de sextas, sábados e vésperas de feriado, sendo uma espécie de after hours para clientes de outras discotecas gay da zona, como o Trumps, o Construction ou o Finalmente. Era, aliás, a única discoteca gay aberta em Lisboa após as seis da manhã. Este espaço é o quarto local gay da capital portuguesa a encerrar nos últimos três meses. No fim de outubro o bar Sétimo Céu, que tinha já duas décadas de existência, fechou portas. “Com muito carinho agradecemos a todos vocês que nos acompanharam ao longo de 20 anos e contribuíram para escrevermos um capítulo alegre e colorido na noite do Bairro Alto. Aos novos proprietár

Cinebolso

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Um homem de 83 anos comprou um bilhete para assistir a um filme pornográfico. O bilhete que permitiu o aceso a uma das sessões contínuas do cinema Cinebolso no Saldanha, em Lisboa, em que se pode permanecer na sala desde a abertura até ao fecho de portas. Durante um dos filmes pornográficos o idoso sentiu-se mal na plateia, caiu e morreu. O alerta foi dado às 14h52, por um funcionário. O filme era “Um casal e uma sex doll”. “ Um Casal e Uma Sex Doll ”, com Nina Kayy. Enredo: Estes casais querem apimentar a sua relação com um ménage à trois, mas nenhum deles quer trair o outro. Vai daí, compraram na internet a boneca sexual mais avançada do mercado e usaram-na como parceira. Duração: 145 Min. Idioma: Inglês Legendas: Português

Cinebolso

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Inaugurava a 8 de março de 1975, com o filme "A salamandra" de Alain Tanner, em Lisboa, uma sala de cinema com conceitos, à época, inovadores. “Nesse domínio os problemas também se acumularam, um deles, o número de salas de cinema é extremamente exíguo, cerca de 400 mal distribuídas, geograficamente. Lisboa detém, de longe, o maior número. Lisboa que continua a monopolizar ainda hoje os recursos.” Sessões à hora do almoço, filmes sem intervalos e bilhetes sem lugar marcado são ofertas que os espetadores não tinham, até então, acaso crê o Faria de Almeida que este tipo de cinema, o pequeno cinema, poucos lugares, é aquilo que efetivamente tem futuro na Europa? Faria de Almeida: “Tem que ser. Este é o primeiro, aliás, que vai funcionar como na Europa. Não há nenhuma sessão com intervalo. Os bilhetes durante o dia vendem-se só meia hora antes de a sessão começar. Não há lugares marcados. Há aqui um enorme sandwich bar exatamente para que as pessoas possam almoçar uma san

Elementos de Cultura Portuguesa (7)

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Paulo VI em Fátima, 13 de maio de 1967 Assinalava-se os 50 anos das aparições, os jornais espalhafatavam: “O Papa chegou! O mundo tem os olhos em Fátima”.   Avião aterra no aeródromo de Monte Real, em Leiria. Na pista, espera Américo Thomaz, o Papa desce as escadas, estende a mão para o habitual bacalhau, Thomaz responde e esboça genuflexão para beijar a mão do Santo Padre, mas este insiste num vigoroso aperto de mão.   O Papa não quis ser hóspede do governo de Lisboa e aceitou a hospitalidade do bispo de Leiria. O encontro com a irmã Lúcia foi um dos pontos altos. Ela ajoelha-se, beija as mãos do Papa, diz-lhe algo, Paulo VI curva-se para ouvir. Um milhão de pessoas assistiu à homilia. Paulo VI: “Por este motivo viemos nós aos pés da rainha da paz, a pedir-lhe a paz. Dom que só Deus pode dar. Sim, a paz é dom de Deus. Por isso, a nossa oração depois de se ter dirigido ao céu, dirige-se aos homens de todo o mundo. Homens, vivemos neste momento singular, procurai ser dignos

Giulia Tofana

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A linha entre veneno e medicamento é subtil; os gregos usaram a palavra pharmacon para ambos. Umberto Eco, “O nome da rosa” Giulia Tofana (também escrito Toffana, Tophana) (morreu em Roma, em julho de 1659) foi uma envenenadora profissional italiana. Ficou famosa por vender veneno a mulheres que queriam matar os maridos abusivos. Foi a inventora do famoso veneno Aqua Tofana, que leva seu nome. As informações sobre o seu passado são esparsas. Ela nasceu em 1620 em Palermo e era possivelmente filha de Thofania d'Adamo, que foi executada em Palermo a 12 de julho de 1633, acusada de ter assassinado o seu marido, Francisco. Tofana era descrita como linda e passava muito tempo com boticários, estava presente quando eles preparavam as suas poções e, por fim, desenvolveu o seu próprio veneno, Aqua Tofana. No entanto, também é possível que tenha sido a sua mãe, Thofania d'Adamo, quem fez o veneno e passou a receita para a filha. Ela começou a vender esse veneno a mulheres que que

Amazon remove descrição de sapato racista após reclamação do deputado David Lammy

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A Amazon removeu um par de sapatos descritos como “nigger brown” do seu site, após o parlamentar trabalhista David Lammy ter sinalizado a catalogação ofensiva. O secretário da justiça do governo sombra fez a reclamação poucas horas depois de revelar que havia sofrido ameaças racistas no Twitter. Partilhando uma captura de ecrã do descritor chocante na noite de segunda-feira [02/08/2020], ele escreveu: “Apenas a comprar sapatos castanhos esta noite leva a esta microagressão racista. “É 2020 ou 1720? Por favor, Amazon retire-o.” A gigante do comércio eletrónico excluiu o produto, vendido por uma empresa com sede em Sichuan, China. Um porta-voz da Amazon disse ao The Independent: “Todos os vendedores devem seguir as nossas diretrizes de venda e aqueles que não o fizerem estarão sujeitos a ações, incluindo possível remoção da sua conta. “O produto em questão já não está disponível.” O Sr. Lammy agradeceu à empresa por agir, mas perguntou que sistemas ela tinha “para verific

M&S pede desculpas por nomes de cores de soutien ‘racistas’

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A cliente disse que o incidente foi um exemplo de como o preconceito racial está enraizado na sociedade A Marks & Spencer pediu desculpas depois de uma cliente ter protestado por a rede de lojas dar um nome diferente aos soutiens mais escuros dos soutiens mais claros. Kusi Kimani estava a fazer compras numa filial da M&S quando viu que os soutiens mais claros foram denominados em homenagem a doces como “fudge” ou “canela”, enquanto o soutien de cor escura se chamava “tabaco”. Desde então, a M&S desculpou-se e admitiu que a empresa tem “mais a fazer e mais a aprender”. A mulher de 29 anos de East Sussex reclamou pela primeira vez numa loja em junho e, falando com o The Mirror, disse: “Eu vi-o cerca de duas semanas após a morte de George Floyd e foi particularmente doloroso de ver naquela época. “Porque não chamá-lo cacau, caramelo ou chocolate – sobremesas doces? Mas eles usaram tabaco. Fiquei chocada quando vi. “É penoso para mim e para os meus amigos. Se uma

Toy

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“Portugal tem uma cultura popular muito rica, e às vezes a pseudo-intelectualidade leva com que as pessoas achem que a cultura é só erudita. Se a cultura fosse uma árvore, a cultura popular é a raiz, não há raiz, não regas a raiz, ela não cresce, não dá flor, não dá fruto. E já o Churchill dizia depois da Segunda Guerra Mundial, que nunca cortaria, num único orçamento onde nunca cortou, ao contrário de nós, foi no orçamento da cultura. Porque ele dizia, então fizemos a guerra pra quê? Para manter o quê? Identidade. Não tens cultura, não tens identidade.”

Os polémicos sapatos “racistas” de Katy Perry que foram retirados das lojas

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A cantora tem sido bastante criticada nas redes pelo calçado que muitos consideram uma chacota da comunidade preta Katy Perry viu-se envolvida numa polémica por causa de uns sapatos da sua empresa de roupas e acessórios. A cantora retirou das superfícies comerciais Dillards e Walmart um calçado que tem gerado diversas críticas nas redes sociais por ser considerado uma zombaria da comunidade preta. Para a sua nova coleção primavera-verão [2019], a empresária optou por uns mocassins e umas sandálias de salto pretas, que incluem olhos e lábios vermelhos volumosos. Um design que não agradou à comunidade afroamericana, que acusou o intérprete de ‘Swish Swish’ de “racista”, após identificar um rosto preto nestes sapatos. Dois produtos que também estão disponíveis em bege. Fonte: La Vanguardia

Acusada de abuso sexual, Katy Perry reage: “Vivemos num mundo em que toda a gente diz o que lhe apetece”

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Katy Perry reagiu às acusações de má conduta sexual de que foi alvo, em nova entrevista ao jornal The Guardian. A cantora, recorde-se, foi acusada de abusos sexuais por parte do modelo Josh Kloss e da apresentadora de televisão Tina Kandelaki. Em 2018, Kloss, que contracenou com Perry no vídeo para ‘Teenage Dream’, acusou a cantora de lhe ter puxado as calças e a roupa interior para baixo, durante uma festa, expondo os seus órgãos genitais aos presentes. Em uma postagem no Instagram para seus 28 000 seguidores, ele acusou Perry de má conduta sexual, que ele disse ocorrido na festa de aniversário do designer Johnny Wujek em 2010. Kloss disse que Perry era “fixe e gentil”, mas era “fria como o gelo” quando outras pessoas estavam por perto. “Quando a vi, abraçamo-nos e ela ainda era a minha paixão”, escreveu Kloss. “Mas quando me virei para apresentar a minha amiga, ela puxou os meus calções Adidas e cuecas o mais longe que pôde para mostrar meu pénis a alguns dos seus amigos

Cólera

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Descoberta da Vibrio Cholerae Vibrio cholerae é uma bactéria gram-negativa em forma de vírgula. O habitat natural da bactéria é a água salobra ou salgada, onde aderem facilmente às cascas de caranguejos, camarões e outros crustáceos que contêm quitina. Algumas estirpes de V. cholerae causam a doença cólera, que pode ser derivada do consumo de espécies marinhas cruas ou malcozidas. A V. cholerae é um anaeróbio facultativo e possui um flagelo num polo celular, assim como pilus. A V. cholerae pode passar por metabolismo respiratório e fermentativo. Quando ingerida, a V. cholerae pode causar diarreia e vómito num hospedeiro entre várias horas a 2-3 dias após a ingestão. A V. cholerae foi isolada pela primeira vez como a causa da cólera em 1854 pelo anatomista italiano Filippo Pacini e pelo catalão Joaquim Balcells i Pascual no mesmo ano, mas a sua descoberta não foi amplamente conhecida até Robert Koch, atuando de forma independente 30 anos depois, divulgou os conhecimentos e as formas d

A sétima pandemia de cólera (1961-1975)

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A pandemia de cólera de 1961-1975 (também conhecida como a sétima pandemia de cólera) foi o sétimo grande surto de cólera; a estirpe envolvida persiste até o presente. Esta pandemia, baseada na estirpe chamada El Tor, começou na Indonésia em 1961 e se espalhou para Bangladesh em 1963. Em seguida, foi para a Índia em 1964, seguida pela União Soviética em 1966. Em julho de 1970, houve um surto em Odessa e em 1972 houve relatos de surtos em Bacu, mas a União Soviética suprimiu essa informação. Chegou à Itália em 1973 vinda do Norte da África. O Japão e o Pacífico Sul viram alguns surtos no final dos anos 1970. Em 1971, o número de casos notificados em todo o mundo foi de 155 000. Em 1991, atingiu 570 000. A propagação da doença foi ajudada pelos transportes modernos e migrações em massa. As taxas de mortalidade, no entanto, caíram acentuadamente à medida que os governos começaram a tomar medidas curativas e preventivas modernas. A taxa de mortalidade usual de 50 % caiu para 10 % na década

A sexta pandemia de cólera (1899-1923)

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Foi um grande surto de cólera que começou na Índia, onde matou mais de 800 000 pessoas, e se espalhou para o Oriente Médio, Norte da África, Europa Oriental e Rússia. De acordo com Leonard Rogers, após um surto de cólera no Kumbh Mela, em Haridwar, a epidemia se disseminou para a Europa, via Punjab, Afeganistão, Pérsia e sul da Rússia. O último surto de cólera nos Estados Unidos foi em 1910-1911, quando o navio a vapor Moltke trouxe pessoas infetadas de Nápoles para a cidade de Nova Iorque. As autoridades de saúde atentas isolaram os infetados na Ilha Swinburne, construída no século XIX como uma instalação de quarentena. Onze pessoas morreram, incluindo um profissional de saúde no hospital da ilha. Durante a Primeira Guerra Mundial, a ameaça e o medo da propagação da cólera entre as tropas eram muito reais. A guerra aconteceu bem no meio da 6.ª pandemia, e forçou os soldados a proximidade em condições imundas. Apesar desses fatores, a cólera era relativamente rara nas forças arma

A quinta pandemia de cólera (1881-1896)

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Foi o quinto grande surto internacional de cólera no século XIX. Ele espalhou-se pela Ásia e África e atingiu partes da França, Alemanha, Rússia e América do Sul. Custou 200 000 vidas na Rússia entre 1893 e 1894; e 90 000 no Japão entre 1887 e 1889. O surto de 1892 em Hamburgo, Alemanha, foi o único grande surto europeu; cerca de 8 600 pessoas morreram naquela cidade. Embora muitos residentes considerassem o governo da cidade responsável pela virulência da epidemia (levando a distúrbios em 1893), as práticas continuaram praticamente inalteradas. Este foi o último surto de cólera europeu grave do século. O papa Leão XIII autorizou a construção de um hospício dentro do Vaticano para moradores infetados de bairros romanos próximos. Esse edifício foi demolido em 1996 para dar lugar à construção da Domus Sanctae Marthae. Durante a pandemia, Robert Koch isolou a bactéria Vibrio cholerae e propôs postulados para explicar como as bactérias causavam doenças. O seu trabalho ajudou a estabele

A quarta pandemia de cólera do século XIX

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Começou no delta do Ganges, na região de Bengala, e propagou-se com os peregrinos muçulmanos para Meca. No seu primeiro ano, a epidemia atingiu 30 000 de 90 000 peregrinos. A cólera espalhou-se por todo o Oriente Médio e foi transportada para a Rússia, Europa, África e América do Norte, em cada caso disseminando-se através de viajantes, de cidades portuárias e ao longo de vias navegáveis interiores. A pandemia atingiu o norte da África em 1865 e alastrou para a África subsaariana, matando 70 000 pessoas em Zanzibar em 1869-70. A cólera ceifou 90 000 vidas na Rússia em 1866. A epidemia de cólera, que se espalhou com a Guerra Austro-Prussiana (1866), é estimada em ter levado 165 000 vidas no Império Austríaco, incluindo 30 000 na Hungria e na Bélgica, e 20 000 na Holanda. Em junho de 1866, uma epidemia localizada no East End de Londres reclamou 5596 vidas, exatamente quando a cidade estava concluindo a construção dos seus principais sistemas de esgoto e tratamento de água; a seção de

A terceira pandemia de cólera (1846-60)

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Foi o terceiro grande surto de cólera originado na Índia no século XIX que alcançou muito além das suas fronteiras, que os investigadores da UCLA acreditam que pode ter começado em 1837 e durou até 1863. Na Rússia, mais de um milhão de pessoas morreram de cólera. Em 1853-54, a epidemia em Londres ceifou mais de 10 000 vidas, e houve 23 000 mortes em toda a Grã-Bretanha. Essa pandemia foi considerada a de maior número de fatalidades entre as epidemias do século XIX. Teve alto índice de fatalidades entre as populações da Ásia, Europa, África e América do Norte. Em 1854, que foi considerado o pior ano, 23 000 pessoas morreram na Grã-Bretanha. Naquele ano, o médico britânico John Snow, que trabalhava numa área pobre de Londres, identificou a água contaminada como meio de transmissão da doença. Depois do surto de cólera da Broad Street em 1854, ele mapeara os casos de cólera na área do Soho, em Londres, e notava um grupo de casos perto de uma bomba de água num bairro. Para testar a sua

A segunda pandemia de cólera (1826-1837)

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Também conhecida como pandemia de cólera-asiática, foi uma pandemia de cólera que afetou a Índia, atravessando a Ásia Ocidental até a Europa, Grã-Bretanha e Américas, bem como o leste da China e Japão. A cólera causou mais mortes, mais rapidamente, do que qualquer outra doença epidémica do século XIX. A comunidade médica agora acredita que a cólera é uma doença exclusivamente humana, disseminada por vários meios de propagação através do tempo, e transmitida por águas mornas de rios infetados com fezes e alimentos contaminados. Durante a segunda pandemia, a comunidade científica variou nas suas opiniões sobre as causas da cólera. Os historiadores acreditam que a primeira pandemia persistiu na Indonésia e nas Filipinas em 1830. Embora não se saiba muito sobre a jornada da pandemia de cólera no leste da Índia, muitos acreditam que essa pandemia começou, como a primeira, com surtos ao longo do delta do Ganges, na Índia. A partir daí, a doença se espalhou ao longo das rotas comerciais p

A primeira pandemia de cólera (1817-1824)

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Também conhecida como a primeira pandemia de cólera-asiática, começou perto da cidade de Calcutá e espalhou-se pelo sul e sudeste da Ásia até o Oriente Médio, África oriental e costa mediterrânea. Embora a cólera já se tivesse espalhado pela Índia muitas vezes anteriormente, esse surto foi mais longe; alcançou a China e o Mar Mediterrâneo antes de diminuir. Centenas de milhares de pessoas morreram em consequência desta pandemia, incluindo muitos soldados britânicos, que atraiu a atenção europeia. Esta foi a primeira de várias pandemias de cólera que varreram a Ásia e a Europa durante os séculos XIX e XX. Essa primeira pandemia espalhou-se por uma faixa de território sem precedentes, afetando quase todos os países da Ásia. A cólera era originária do arroz contaminado no delta do rio Ganges, no sudeste da Índia. Em épocas de festivais, os peregrinos frequentemente contraíam a doença lá e espalhavam-na para outras partes da Índia quando voltavam. A primeira pandemia de cólera começou co

“Boiler Room” (2000)

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 Nia Long, Giovanni Ribisi.

“Boiler Room” (2000)

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 Nicky Katt, Vin Diesel.

Censores de fatos de banho, Venice Beach, Califórnia, cerca de 1929

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Máscaras

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Trabalhadores num balcão de informações em San Francisco durante a pandemia de 1918.

Presidente ajudou duas jovens na praia do Alvor

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“Viraram-se, e engoliram muita água, e não eram capazes nem de virar nem de subir para o barco nem de nadar, tal a força da corrente. (…). E felizmente houve ali uma ajuda de outro patriota e assim os dois conseguimos ajudar as jovens.” Marcelo Rebelo de Sousa

Máscaras

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“A usar máscara, exceto quando estou a comer, tou a comer não posso usar máscara.” Marcelo Rebelo de Sousa