A campanha eleitoral de 1949 (1)
Foi no Porto, capital do trabalho, como tão justamente se
lhe chama, que teve início a campanha de 1949 para a eleição do presidente da
República. A cidade da Virgem, a cidade invicta, como atesta a Torre e Espada,
que por duas vezes condecorou a sua gloriosa bandeira, viu reunir a 2.ª
conferência da União Nacional em que foram estudadas e debatidas, à luz das
realidades, os problemas fundamentais da vida política portuguesa e proclamado
o senhor marechal Carmona, candidato oficial à chefia do Estado.
Diversos atos assinalaram esta 2.ª conferência, entre os
quais se destaca a missa rezada na Sé do Porto por alma dos mortos da revolução
nacional, a Revolução de Maio, que abriu novos horizontes e uma era interrupta
de paz a Portugal.
Os trabalhos da conferência realizam-se no Palácio Bolsa, em cuja grande sala se desatava uma frase de Salazar que definiu insofismavelmente as duas atividades que se opunham: A grande divisão, o incomensurável abismo, há de ser dos que servem a pátria e os que a negam
E o próprio presidente do conselho inaugurou, num discurso
inesquecível, a já histórica campanha eleitoral de janeiro de 1949.
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