"Nunca fingi que era de Esquerda": Sebastião Bugalho garante que não vai “aceitar um tacho”
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O candidato da Aliança Democrática às eleições europeias é
entrevistado na SIC Notícias. O nome do jornalista e comentador televisivo, de
28 anos, surgiu como uma surpresa. Sebastião Bugalho foi apontado, por Luís
Montenegro, como um “jovem
talentoso, que o país conhece, aqui e ali até polémico".
Sebastião Bugalho afirma que tem as condições e que está preparado para ser cabeça de lista da
Aliança Democrática (AD) às eleições europeias. Em entrevista, esta
quarta-feira, à SIC notícias, Sebastião Bugalho sublinhou que “não é fácil dizer que não ao
primeiro-ministro.”
Nesta que foi a primeira entrevista do jornalista e
comentador televisivo após ter sido escolhido como cabeça de lista da AD às
europeias, Sebastião Bugalho admite que decidir aceitar o convite não foi,
contudo, “uma escolha simples”. “Obrigou a uma grande ponderação junto da
família”, reconheceu.
No entanto, sublinha, “não é fácil dizer que não quando o primeiro-ministro te
liga", afirma.
Feita a ponderação, garante que decidiu “dizer que sim”
porque “tinha as condições”.
“Sinto que estou preparado”, assegura. “Se não, não teria
dito que sim.”
A polémica com Rui Moreira
Em relação a Rui Moreira, que antes do anúncio do nome de
Sebastião Bugalho, era apontado como o escolhido para encabeçar a lista da AD,
Bugalho responde que não esteve “envolvido no processo de feitura das listas”.
“Julgava que ia de férias e, segunda-feira, recebi um
telefonema do primeiro-ministro”, conta, notando que o próprio foi
surpreendido. “Estava pronto para ir para a praia.”
Controvérsias à parte, garante que Rui Moreira, que apelida
de um “amigo pessoal”, seria um “ótimo candidato” e declara que teria
"todo o gosto em tê-lo” ao lado.
A questão Paulo Portas
Questionado sobre as declarações que fez, no passado,
afirmando que Paulo Portas
era o único candidato que via à frente da lista da AD para as europeias,
Sebastião Bugalho defende-se,
afirmando que, quando proferiu essas palavas, as circunstâncias eram
diferentes.
“O Governo caiu e o PS perdeu as eleições. Há razões para
estar mais otimista”, alega.
“A ideia de que não se sabe o
que penso é tola”
Aos críticos que o acusam de falta de transparência, por
passar das funções de jornalista e comentador para político, Sebastião Bugalho
responde que é, “excetuando, talvez, Marta Temido”, o “candidato a esta eleição
que foi mais escrutinado”. O motivo? O facto de estar no espaço público há quase uma década.
“A ideia de que não se sabe aquilo que eu penso, quando
aquilo que penso foi verbalizado e escrito nos últimos nove anos, é uma ideia
um pouco tola”, atira, rejeitando, ainda assim, ter estado “em campanha”
durante o comentário televisivo.
Sebastião Bugalho frisa que, apesar de ser jornalista, “não escrevia
notícias”, “dava opinião”, e, por isso, acredita que “parte significativa dos
portugueses” confia nele.
“Nunca fingi que era de Esquerda”, acrescenta.
A “confiança” dos portugueses
E se é de confiança que se fala, Sebastião Bugalho quer deixar bem claro que não
vai “aceitar um tacho”.
“Não estou a ir para um gabinete no Governo, não estou a ir
para a administração de uma empresa pública, não estou a aceitar ser ministro”,
sustenta.
“Eu escolhi fazer a transição [de jornalista para político]
da forma mais democrática possível, que é indo a votos”, aponta. “Vou sujeitar-me à
apreciação dos meus cidadãos.”
Quanto a pontos fortes que o fazem ser o homem certo para
encabeçar a lista da AD, o jornalista defende ter uma “relação com os portugueses”, que o torna
capaz de conquistar o eleitorado, e uma forte “crença no projeto europeu”.
“A Europa está a mudar e Portugal tem de ter uma palavra a
dizer”, afirma, remetendo para domingo, quando será apresentada a lista de
candidatos, mais palavras sobre o projeto europeu que defende.
O futuro de Montenegro e de
Costa
Sebastião Bugalho rejeita também, nesta entrevista, ter “aos
ombros” o futuro do atual Governo da AD.
“Nenhuma eleição europeia derrubou um governo na História da
democracia portuguesa”, sublinha.
O cabeça de lista da AD às europeias foi ainda questionado
sobre se apoiará uma eventual candidatura de António Costa ao Conselho Europeu,
Sebastião Bugalho repara que, por agora, essa hipótese não se coloca, mas nota
que, no passado, quando Durão Barroso foi apontado a Bruxelas, António Costa
foi um dos deputados portugueses a apoiá-lo.
Fonte: SIC Notícias, 24 de abril de 2024
Está na hora de reviver o jogo da bugalhinha
Em Vale de Cambra, o jogo da bugalhinha era também conhecido pelo jogo da esferinha. Esta era de vidro (do gargalo do pirolito) ou de ferro (dos rolamentos), pois só mais tarde apareceu o berlinde.
Faziam-se no solo três covinhas, distanciadas cerca de meio metro entre si e em disposição triangular. A circundar as covas, havia uma linha limite (linha de campo), que não podia ser ultrapassada pelos jogadores com a pena de quem o fizesse voltar ao início do jogo.
Então os jogadores, cada um por sua vez de sorteio e numa linha que era o ponto de partida, lançavam a esferinha de modo a atingir a primeira cova.
Aquele que primeiro o fizesse jogaria sempre, de cova em cova. No caso de falhar, cederia o lugar ao companheiro seguinte, que tentaria de igual forma.
O que primeiro desse três voltas às covas seria o vencedor ou faria um jogo.
O jogo costumava ser praticado de joelhos ou de cócoras. O lançamento de cova em cova era feito com o dedo indicador que era pressionado pelo polegar, servindo de mola.
Havia, ainda, quem jogasse aos pares. Quem se aproximasse mais de cada covinha escolheria o parceiro; havia apenas uma cova e a contagem fazia-se por pontos (dois pontos metendo na cova, três pontos batendo a do adversário para longe e terminava aos trinta pontos).
A linha de partida (ou calhadouro) ficava mais distante do que no jogo de três covinhas.
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