A IAF elimina um operacional antitanque do Hamas depois de esperar que uma criança abandonasse a área








Cinco outros terroristas mortos em mais um ataque aéreo no norte de Gaza

Com base em informações da agência de segurança israelita, Shin Bet, e dos serviços de informação militar das FDI, a Força Aérea Israelita (IAF) atacou e matou o terrorista do Hamas Ahmed Yasser Alkara em Khan Younis, na quarta-feira.

Alkara era um importante especialista de mísseis antitanque que realizou vários ataques contra soldados das FDI durante a guerra e terá participado no ataque terrorista de 7 de outubro, de acordo com as FDI.

Durante a operação, as IDF abortaram temporariamente o ataque depois de um operador de drone da Unidade 414 ter avistado uma criança perto do complexo onde se encontrava Alkara.

Depois de confirmar que a criança já não se encontrava nas imediações, a IAF prosseguiu o ataque, eliminando Alkara e mais dois terroristas: Saib Raed Abu Riba, um terrorista do Hamas Nukhba, e um membro da Jihad Islâmica Palestiniana (PIJ) em Gaza, Anis Muhammad Abu Ragila.

“Alkara participou no ataque terrorista perto da Faixa de Gaza em 7 de outubro e, durante os combates, tentou disparar várias vezes contra as nossas forças na Faixa de Gaza”, anunciou o gabinete do porta-voz das FDI.

Noutra operação, os caças da IAF, atuando com base em informações, eliminaram cinco terroristas do Hamas que operavam a partir do interior da escola Faami Aljerjawi em Daraj Tuffah, no norte de Gaza. Entre os terroristas eliminados encontravam-se Fadi Salim, chefe da Brigada de Propaganda do Hamas em Gaza, bem como três agentes dos serviços secretos do Hamas e um outro terrorista da Nukhba.

As IDF anunciaram igualmente a eliminação de um outro grupo de terroristas no centro de Gaza, que estavam escondidos numa escola da UNRWA em Nuseirat.

Os terroristas do Hamas, incluindo um operacional antitanque e um terrorista da Nukhba, estavam a operar a partir de um complexo localizado no interior da escola da UNRWA. O recinto da escola continha armas, incluindo morteiros e explosivos, como comprovado pelas numerosas explosões secundárias após o ataque.

De acordo com as FDI, “o ataque foi cuidadosamente planeado e executado com munições precisas para mitigar qualquer dano aos civis na área”.

“Esta é mais uma prova de que o Hamas explora sistematicamente as infraestruturas civis, incluindo escolas, hospitais e edifícios residenciais, para as suas atividades terroristas na Faixa de Gaza”, acrescentou o comunicado.

Desde o início da campanha terrestre das FDI em Gaza, Israel já denunciou vários casos de utilização de escolas, mesquitas e hospitais para o armazenamento de armas e outras atividades terroristas.

Fonte: All Israel News, 22 de maio de 2024

A preocupação com a criancinha é enternecedora. Uma bela propaganda que tem raízes históricas no campo de Terezin.

Numa “guerra” em que os assassinatos são marcados utilizando sistemas de seleção de alvos por inteligência artificial, e que o protocolo do exército permite que para um agente subalterno do Hamas marcado, seja autorizado matar até 15 ou 20 civis, independentemente da sua idade; e que no caso de o alvo ser um alto funcionário do Hamas com a patente de comandante de batalhão ou brigada, o exército autorizava em várias ocasiões a morte de mais de 100 civis, o cuidado extremo com a criança no filme divulgado lembra uma outra película de 1944.

Quando assistimos ao filme Der Führer schenkt den Juden eine Stadt (1944), o sentimento que nos colhe é de surpresa diante da singularidade do que foi o campo de Theresienstadt.

A mesma surpresa devem ter sentido os membros da Cruz Vermelha Internacional na visita de inspeção às condições dos prisioneiros em 23 de junho de 1944. Encontraram uma cidade administrada por judeus onde circulavam notas de dinheiro impressas com a efígie de Moisés e as Tábuas da Lei.

Naquele dia, os membros da Cruz Vermelha ouviram um magnífico Requiem de Verdi cantado pelo coral de Theresienstadt. Os teatros representavam duas peças de Shakespeare. Nos programas de ópera, a Carmen, a Tosca, a Flauta Mágica e uma ópera para crianças composta por um autor do gueto.

A cidade abrigava velhos do Reich, cientistas reconhecidos, artistas famosos. Judeus mutilados durante a guerra de 1914 e condecorados pelo exército alemão. Enfim, personalidades cujo desaparecimento inquietaria o mundo civilizado.

As diversas orquestras, os conjuntos de jazz e de música de câmara impressionaram bem os visitantes. Os desportos eram muito praticados, sobretudo o voleibol e o futebol.

A equipa de visitantes notou a aparência das pessoas bem vestidas, a vasta e agradável biblioteca, as instalações sanitárias, os 400 médicos (diversos eram professores célebres). Concluiu observando a unidade e harmonia que parecia alcançada entre povos e línguas diferentes.

"Theresienstadt é uma sociedade comunista", verificam, dirigida por um comunista "de alto valor", o dr. Paul Eppstein, à frente de um Conselho de Anciãos (Ältestenrat) da comunidade judaica; 150 polícias checos fazem a guarda permanente do gueto e 12 oficiais nazis (Lager Kommandantur) ficam sediados na Pequena Fortaleza.

O pessoal de ensino pareceu "extremamente qualificado" e o jardim de infância (criado especialmente para essa visita), adequado e moderno. A escola parece bem equipada, embora um cartaz assinalasse que as crianças "estavam em férias". O relatório da Cruz Vermelha observa que uma cozinha especializada prepara o alimento dos pequeninos.

Ao começar a visita, os membros da inspeção escutam do dirigente Eppstein, o comunista "de alto valor": Vocês irão visitar uma cidade normal de província. (O dr. Paul Eppstein será assassinado pelos nazis em 1944 na Pequena Fortaleza.)

O filme documentário sobre o campo é obra de um internado, ator e cineasta de renome, Kurt Gerron (depois deportado para Birkenau). Hitler muito se serviu desse filme como propaganda de como eram felizes os judeus sob a tutela do Reich. E, contradizendo a corrente antissemita, curiosamente, os judeus aparecem criando obras excecionais, dando de si uma imagem oposta à veiculada pelo Reich.

Escutamos, num trecho do filme, o Concerto para Cordas de Pavel Haas, compositor amado pela juventude da época ("Pavel Haas, meu compositor adorado", diz Milan Kundera). Quem rege a orquestra é Karel Ancerl, que sobreviveu e dirigiu mais tarde a Orquestra Filarmónica checa.

* * *

Desde que Eichmann anunciara essa visita, a transformação do campo acelera-se. Aparecem floreiras e baloiços de crianças. Um coreto para música. No itinerário a ser percorrido, as calçadas são lavadas e as casas pintadas. Cada um dos figurantes ganha roupa nova e é instruído sobre como deve se comportar e os riscos de desobediência.

No dia 23 de junho os visitantes tiram fotos, ganham um álbum de aquarelas pitorescas sobre essa "cidade normal de província".

Escutei o depoimento registrado do médico da Cruz Vermelha, dr. Maurice Rossel, confessando para a humanidade o engano em que incorrera: não observara nenhum ríctus nos rostos, não encontrara no seu bolso sequer um bilhetinho enfiado às pressas, os internos nada fizeram que despertasse suspeita...

No entanto, Theresienstadt, cidade artificial criada para propaganda, foi aparelho de extermínio, fosse ela habitada por artistas ou sábios ou rabinos ou velhos soldados ou crianças.

Fonte: “O campo de Terezin”, por Ecléa Bosi

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