Biden chama nações "xenófobas" à Índia e Japão

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O Presidente dos Estados Unidos apelidou o Japão e a Índia de nações "xenófobas" por não quererem receber imigrantes, alinhando-os com a China e a Rússia ao tentar explicar as circunstâncias económicas dos países, mas realçando que as quatro nações não podiam ser mais diferentes dos EUA em termos de imigração.

Joe Biden falava num evento de recolha de fundos na noite de quarta-feira, apenas três semanas depois de ter recebido na Casa Branca o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, visita durante a qual os dois governantes celebraram a "aliança inquebrável" dois seus países, nomeadamente em matéria de segurança.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, esteve na Casa Branca para uma visita de Estado no verão passado.

O Japão é um aliado crucial dos EUA e a Índia, apesar das diferenças com Washington, é uma das maiores economias em crescimento, parceiro vital dos norte-americanos no Indo-Pacífico.

Num evento em que a maioria dos convidados era de origem asiática, Biden realçou que as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos são sobre "liberdade, América e democracia", e sublinhou que também a pessoas como eles, de origem estrangeira, se devem os bons resultados da economia norte-americana.

"Porquê? Porque damos as boas-vindas aos imigrantes", disse Biden. "Pensem nisto. Porque é que a China está a estagnar economicamente? Porque é que o Japão está a ter problemas? Porque é que a Rússia está a ter problemas? Porque é que a Índia está a ter problemas? Porque são xenófobos. Não querem imigrantes", frisou.

"Os imigrantes são o que nos torna fortes", disse ainda.

Até ao momento, não houve qualquer reação oficial da Índia ou Japão. John Kirby, porta-voz do conselho de segurança nacional dos EUA, disse apenas que Biden estava a apresentar uma conclusão geral sobre a postura norte-americana quanto à imigração.

"Os nossos aliados e parceiros sabem bem, de formas tangíveis, o quanto o presidente Biden os valoriza, a sua amizade, cooperação e as capacidades que trazem em todo o espectro numa grande variedade de matérias, não só relacionadas com segurança", acrescentou Kirby.

Fonte: Euronews, 2 de maio de 2024

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