Giorgia Meloni hoje em tribunal devido a vídeo pornográfico falso com a sua imagem
A primeira-ministra italiana vai esta terça-feira a tribunal
depois de ter apresentado uma queixa sobre imagens pornográfica com utilização
do seu rosto: Giorgia Meloni
pede uma indemnização de 100 mil euros num julgamento civil em torno
da publicação na internet de vídeos falsos (“deepfake“) pornográficos com a sua
imagem.
Giorgia Meloni pretende obter uma indemnização de 100 mil euros depois de um homem de 40 anos e o seu pai de 73 anos, que não foram identificados, terem alegadamente carregado um vídeo deepfake num site pornográfico sediado nos Estados Unidos, onde era possível ver-se o rosto da primeira-ministra italiana era sobreposto ao corpo de uma estrela de filmes para adultos.
Os dois homens foram investigados através dos seus
telemóveis, os dispositivos que alegadamente utilizaram para fazer o vídeo não consensual e que foram posteriormente
publicados em 2020, quando Meloni estava em campanha para ser chefe de Governo.
De acordo com a CNN, o vídeo esteve online durante
meses e acumulou vários milhões de visualizações. Algumas das imagens ainda
estão online.
A advogada de Meloni, Maria Giulia Marongiu, diz que a primeira-ministra quer dar o exemplo a
outras vítimas de
pornografia deepfake e vai doar qualquer prémio financeiro ao fundo para
vítimas de violência doméstica do Ministério do Interior.
Numa investigação da estação de televisão britânica Channel
4, foram encontrados online 4000 vídeos pornográficos deepfake de
celebridades: entre elas estão atores, estrelas de televisão, músicos e
youtubers – que não foram identificados -, cujos rostos foram sobrepostos em
material pornográfico utilizando IA generativa.
“É uma sensação de violação. É uma sensação muito sinistra a
de que alguém lá fora montou isto, que eu não consigo ver, e que consegue ver
esta espécie de versão imaginária de mim, esta versão falsa de mim”, relata a
apresentadora do Channel 4, Cathy Newman, uma das vítimas.
Fonte: Executive Digest, 2 de julho de 2024
A contrafação só se combate com material verdadeiro. O consumidor ao apreciar a qualidade do original nunca mais visualizará o falso.
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