Acabaram os self check-in nos alojamentos de Itália. Tudo por causa do terrorismo



The Thundermans (2013–2018) - Kira Kosarin, Vanessa Cater

Os dias em que se chega tarde a um Airbnb em Itália e se abre a caixa das chaves para se deixar ficar vão acabar em breve, depois de o país ter proibido os “self-check-ins” ao abrigo de uma nova lei que diz ser necessária para combater o potencial terrorismo.

De acordo com o ministério do Interior de Itália, os agentes da autoridade vão ser destacados para garantir a remoção das caixas de chaves e dos teclados nas propriedades de auto-check-in.

A proibição representa um reforço da legislação italiana. Todos os inquilinos, independentemente da duração da ocupação, devem ser registados nas esquadras locais, mas nos últimos anos os gestores de propriedades têm enviado fotocópias ou fotografias de telemóveis para um serviço de mensagens.

Agora, vão ter de fazer controlos físicos pessoalmente.

O novo regulamento é necessário para “aplicar medidas rigorosas destinadas a prevenir riscos para a ordem e a segurança públicas em relação ao possível alojamento de pessoas perigosas ou ligadas a organizações criminosas ou terroristas”, de acordo com a circular que anuncia a proibição.

Esta medida surge numa altura em que a cidade de Roma se prepara para uma vaga de turistas para o Jubileu do Vaticano, em 2025, e Itália acolhe os Jogos Olímpicos de inverno em Cortina, em 2026, eventos durante os quais os Airbnbs e outros alugueres de curta duração já foram reservados.

Uma boa notícia para todos

A decisão de decretar a proibição foi tomada “tendo em conta a intensificação do fenómeno dos alugueres de curta duração em todo o país, associada aos numerosos eventos políticos, culturais e religiosos programados no país, tendo também em vista as celebrações do Jubileu, que, segundo as estimativas, trarão 30 a 35 milhões de turistas a Itália”, afirma a circular.

As autarquias locais já se manifestaram favoráveis a esta medida, que vem na sequência da proibição de porta-chaves decretada pela cidade toscana de Florença em meados de novembro.

O presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri, disse à CNN que aplaudia a proibição, afirmando que os cadeados e as caixas de chaves “desfiguram as nossas ruas” e declarando-a “uma boa notícia para todos”.

“Manifesto o meu apreço por uma decisão que já esperava há algum tempo, que clarifica e garante uma melhor prevenção dos abusos, controlos de acesso mais eficazes e um primeiro travão à concorrência desleal”, declarou à CNN

A ministra do Turismo de Itália, Daniela Santanché, considerou a proibição “um passo essencial para prevenir riscos e garantir uma experiência turística pacífica e positiva”.

A CNN contactou a Airbnb para comentar o assunto, mas não obteve resposta.

Fonte: CNN Portugal, 3 de dezembro de 2024

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