São estes os primeiros humanos em risco de “aniquilação” pela IA, avisa Elon Musk

Perry Mason (1957-1966) - Anne Barton

A inteligência artificial (IA) continua a ser um dos temas mais debatidos da atualidade, suscitando tanto entusiasmo como preocupação. O empresário Elon Musk voltou a manifestar a sua apreensão quanto ao impacto desta tecnologia, prevendo cenários que incluem a “aniquilação humana” e uma profunda transformação na sociedade, sobretudo no sector da educação.

O fundador da Tesla e da SpaceX utilizou a rede social X (antigo Twitter), da qual é proprietário, para expor as suas previsões sobre a evolução da IA e os grupos mais afetados pela sua disseminação. Segundo Musk, os avanços tecnológicos poderão ultrapassar as capacidades humanas muito mais cedo do que se previa. Inicialmente, apontava para 2029 como o ano em que a IA superaria a inteligência humana, mas agora considera que isso poderá ocorrer já no final de 2025.

Uma crise existencial provocada pela IA?

Para Elon Musk, há dois cenários possíveis à medida que a inteligência artificial avança. No primeiro, os sistemas de IA tornar-se-ão tão avançados que “serão capazes de fazer tudo o que os humanos fazem, mas melhor”. No segundo, o impacto desta evolução poderá criar uma “crise de sentido”, onde as pessoas não saberão qual o seu papel na sociedade.

Esta não é a primeira vez que o magnata alerta para os perigos da IA. Em 2024, Musk estimou que havia uma probabilidade entre 10% e 30% de a IA levar ao desaparecimento da espécie humana. Agora, reforça a ideia de que a tecnologia poderá provocar mudanças radicais no mercado de trabalho e na estrutura social.

Professores entre os mais afetados

Um dos grupos que, segundo Musk, será mais impactado pela inteligência artificial são os professores. O empresário argumenta que algoritmos avançados poderão substituir docentes na tarefa de ensino, tornando-se mais eficazes na transmissão de conhecimento. Esta previsão surgiu em resposta a uma publicação do investidor Garry Tan, que relacionou a crescente sofisticação da IA com as recentes exigências salariais do setor da educação nos Estados Unidos.

“Acredito que os pais continuarão a ser os principais responsáveis pela transmissão de valores e princípios morais. No entanto, a IA revolucionará o ensino, podendo assumir o papel de um professor com um nível de conhecimento extraordinário”, escreveu Musk na sua conta do X.

A inteligência artificial já está a ser amplamente utilizada na educação, tanto por professores como por alunos, que recorrem a ferramentas automatizadas para resolver problemas complexos. No entanto, Musk levanta a hipótese de que, no futuro, os sistemas de IA possam tornar-se tão eficientes que dispensem totalmente a necessidade de educadores humanos, criando um novo paradigma na aprendizagem.

IA: inimiga ou aliada?

Apesar das suas preocupações, Musk não ignora os benefícios que a IA pode trazer. A questão fundamental, segundo ele, reside em como a humanidade lidará com esta nova realidade e se conseguirá estabelecer limites seguros para evitar que a tecnologia se torne uma ameaça.

A revolução provocada pela inteligência artificial já está em curso e promete transformar múltiplos sectores da sociedade. Se será uma ferramenta útil ou um risco para a humanidade, dependerá das decisões que forem tomadas nos próximos anos.

Fonte: Executive Digest, 30 de março de 2025

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