Trump ordena reabertura de prisão de Alcatraz
Point Blank (1967), sob o título “À queima roupa”
estreado sábado, 18 de maio de 1968 no Condes e no Roma
Donald
Trump anunciou ter ordenado a expansão e a reabertura da emblemática prisão de
Alcatraz, na baía de São Francisco, fechada há mais de 60 anos, para encarcerar
os "criminosos mais perigosos e violentos" do país
"Durante demasiado
tempo, a América tem sido vítima de criminosos perversos, violentos e
reincidentes, a escória da sociedade, que nunca trará nada além de miséria e
sofrimento", escreveu, no domingo à noite, o presidente
republicano na rede social Truth Social.
"É por isso que hoje estou a ordenar ao Departamento de
Prisões [BOP, na sigla em inglês], juntamente com o Departamento de Justiça, o
FBI e o Departamento do Interior, para reabrir, expandir substancialmente e
reconstruir Alcatraz para trancar os criminosos mais perigosos e violentos da
América", acrescentou.
Donald Trump defendeu que a reabertura da estrutura,
encerrada em 1963, vai ser um "símbolo da
lei, da ordem e da justiça".
Com este último anúncio, o presidente norte-americano deu
mais um passo na luta contra a criminalidade, um elemento-chave do segundo
mandato na Casa Branca.
A prisão, onde estiveram detidos alguns dos maiores chefes
da máfia, incluindo Al
Capone, foi encerrada após apenas 29 anos de serviço, devido a custos de
funcionamento excessivos, de acordo com o BOP, responsável pela administração
das prisões federais no país.
A prisão de segurança máxima entrou para a história em 1962,
com a fuga espetacular de três reclusos, entre os quais Frank Morris, que inspirou um livro em 1963
('Escape from Alcatraz') de J. Campbell Bruce), seguindo-se um filme, em 1979,
com o mesmo título, da autoria de Don Siegel e protagonizado por Clint
Eastwood.
Alcatraz custou quase três vezes mais do que qualquer outra
prisão federal, de acordo com a agência norte-americana para os serviços
prisionais.
O isolamento geográfico desta prisão, situada num ilhéu rochoso, gerou numerosos custos, como o
transporte por barco de alimentos e de 3,8 milhões de litros de água potável
por semana, uma vez que a ilha não tem qualquer fonte de água doce.
Segundo estimativas, foram gastos entre três e cinco milhões
de dólares (2,64 e 4,41 milhões de euros) na restauração e conservação das
instalações, com o objetivo de as manter abertas, de acordo com a mesma fonte.
Durante os 29 anos de serviço, a população média de Alcatraz
situou-se entre 260 e 275 reclusos, de acordo com o BOP, ou seja, menos de 1%
do total da população das prisões prisionais.
"Em Alcatraz, um prisioneiro (tinha) quatro direitos:
alimentação, vestuário, alojamento e cuidados médicos. Tudo o resto era um
privilégio que tinha de ser conquistado. Entre
os privilégios que um prisioneiro podia adquirir, contavam-se trabalho,
correspondência e visitas de familiares, acesso à biblioteca da prisão e
atividades recreativas como pintura e música", detalhou a
agência federal.
Situada a dois quilómetros da costa, a antiga prisão é agora
uma atração turística na baía de São Francisco, na Califórnia.
Todos os anos, o ilhéu rochoso atrai mais de um milhão de
visitantes de todo o mundo.
Ainda em temas polémicos, o Trump disse este domingo, em
entrevista ao programa Meet The Press da NBC, que não descarta o uso da
força militar para ganhar o controlo da Gronelândia.
“Não descarto isso. Não digo que o vou fazer, mas não
descarto nada. Não, não neste caso. Precisamos muito da Gronelândia. A Gronelândia é um povo muito pequeno, do qual
cuidaremos, vamos
estimá-los e tudo o mais. Mas precisamos disso para a
segurança internacional", afirmou.
De recordar que as tensões têm sido altas entre os EUA e a
Dinamarca, desde que o presidente Trump disse repetidamente que queria assumir
o controlo da ilha.
Recentemente, a 27 de abril, o primeiro-ministro do
território autónomo dinamarquês, no início de uma visita oficial à Dinamarca,
lembrou que a Gronelândia nunca será uma "propriedade" à venda.
Fonte: Lusa, 5 de maio de 2025
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