Os automóveis chineses andam a espiar-nos? Sophos desaconselha a emparelhar o smartphone
Perry Mason
(1957-1966) – Ruta Lee, Walter Coy
A Sophos, uma empresa especialista em soluções de
cibersegurança, está a alertar os utilizadores para uma ameaça decorrente de
uma ação que quase todos fazemos num automóvel, pelo menos nos mais recentes: o
emparelhamento do smartphone.
Sincronizar o telemóvel com
um veículo – seja próprio ou alugado – pode deixar uma porta aberta à exposição
de dados sensíveis: «Os sistemas podem usar a ligação à Web para
fazer uma cópia dos contactos e de outros dados sensíveis e carregá-los para a
Internet». A Sophos lembra que o risco se «agrava especialmente» no caso de
veículos alugados, que podem ser reutilizados por vários condutores».
Este alerta da Sophos surge num momento em que o sector
automóvel atravessa uma transformação marcada pela digitalização e pela
«crescente presença» de marcas chinesas no mercado europeu. Segundo um
relatório da Inovev, citado pela Sophos, dos «90
milhões de veículos (automóveis, camiões e autocarros) produzidos no mundo em
2024, a estimativa é que 31,3 milhões foram produzidos na China».
Nate Drier, responsável técnico da equipa Red Team da
Sophos, alerta para o facto de as tecnologias dos computadores de bordo dos
automóveis poderem ser usadas com «más intenções»,
como «acontece com qualquer tecnologia». O mesmo responsável lembra que os
«fabricantes de automóveis podem seguir os movimentos dos veículos modernos em
tempo real», sendo «provável» que esta atividade seja «ainda mais verdadeira
para os veículos elétricos».
Segundo Drier, esta recolha de dados pode, em teoria, permitir a criação de «mapas detalhados» que incluam, não só, o «ambiente físico como
também o eletromagnético – identificando redes «Wi-Fi, torres de
telecomunicações e outros pontos de interesse digital».
Fonte: PC Guia, 8 de junho de 2025
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