A raça


“É preciso reconhecer que Portugal teve um papel importante e determinante na formação das estruturas do racismo atualmente (…).  Foi precisamente o papel de construção ahh daquilo que hoje é a ideia de raça. (…). E reconhecer esta história quer dizer sim, pedir desculpas às vítimas, porque houve violência, porque houve massacres. (…). E também ahh nas políticas que em Portugal podemos adotar para combater o racismo e sabemos que há muito a fazer nesse campo. No acesso à habitação, no acesso a lugares de protagonismo político, económico, social. Sabemos que é assim na educação, sabemos que é assim na justiça.”

Mariana Mortágua

Só as mulheres têm o dispositivo capaz de uma reparação histórica efetiva. Se é verdade que não têm sido somíticas nesse campo, ainda há muito a fazer, sobretudo pelas pessoas racializadas mais pobres e feias.

(Para os desatentos de esquerda e direita, aqueles que não se dão ao trabalho de sair de casa, o que se ouve nos cafés racializados é Não quero pedidos de desculpa, eu quero é cona).

Antiguidade Clássica

Hipócrates acreditava, como muitos pensadores ao longo da história antiga, que fatores como geografia e clima desempenhavam um papel significativo na aparência física de diferentes povos. Ele escreve: “as formas e disposições da humanidade correspondem à natureza do país”. Atribuí diferenças físicas e temperamentais entre diferentes povos a fatores ambientais como clima, fontes de água, altitude e terreno. Ele observou que os climas temperados criaram povos que eram "preguiçosos" e "não aptos para o trabalho", enquanto os climas extremos geraram povos que eram "agudos", "trabalhadores" e "vigilantes". Ele também observou que os povos de países "montanhosos, acidentados, elevados e bem-irrigados" exibiam características "empreendedoras" e "guerreiras", enquanto os povos de países "nivelados, ventosos e bem-irrigados" eram "pouco masculinos" e "gentis ".

O imperador romano Juliano considerou as constituições, as leis, as capacidades e o caráter dos povos:

"Venha, diga-me por que os celtas e os alemães são ferozes, enquanto os helenos e os romanos são, em geral, inclinados à vida política e humana, embora ao mesmo tempo, implacáveis ​​e guerreiros? Por que os egípcios são mais inteligentes e mais dados aos ofícios enquanto os sírios não são guerreiros, mas afeminados, porém ao mesmo tempo inteligentes, temperamentais, vaidosos e rápidos em aprender? Pois, se há alguém que não percebe a razão para essas diferenças entre as nações e declara que tudo isso aconteceu espontaneamente, como, eu pergunto, essa pessoa ainda pode acreditar que o universo é administrado por uma providência?"

Fonte: Wikipédia

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