Ministra da Justiça da Nova Zelândia demite-se depois de ter acidente de viação sob efeito de álcool
A ministra da Justiça da Nova Zelândia demitiu-se com
efeitos imediatos, depois de ser acusada de condução imprudente e resistência à
prisão na sequência de um acidente de viação.
"As minhas ações de ontem [domingo] demonstram que não
estou bem e que me desiludi a mim própria e aos meus colegas", admitiu
em um comunicado, citado pela BBC, acrescentando que irá considerar o seu
futuro na política.
Kiritapu Allan envolveu-se num acidente em Wellington e foi
multada por ter uma quantidade de álcool no sangue superior ao limite legal. A
ministra foi detida na esquadra central da polícia antes de ser libertada
quatro horas mais tarde e deverá ser em chamada em breve a comparecer em
tribunal. Não houve vítimas na sequência do acidente.
Allan, que permanecerá deputada, tinha tirado recentemente uma licença para cuidar da sua saúde mental, depois de enfrentar uma separação pública do seu parceiro e de ser acusada de más relações de trabalho com os seus colaboradores.
O primeiro-ministro, Chris Hipkins, considerou que Allan não
estava apta a ser ministra, apontando ser "igualmente insustentável que
uma ministra da Justiça seja acusada de cometer infrações penais".
Allan deixou também a tutela do Desenvolvimento Regional e
todas as restantes funções governamentais.
O incidente foi o mais recente de uma série de erros e
escândalos envolvendo ministros do governo da Nova Zelândia a menos de três
meses das legislativas.
Em junho, o ministro dos Transportes e da Imigração, Michael
Wood, demitiu-se por não ter revelado um possível conflito de interesses
relacionado com ações que detinha. Um mês antes, a ministra das Alfândegas, Meka
Whaitiri, mudou de lado para se juntar a outro partido político.
Em março, o ministro com a tutela das autoridades, Stuart
Nash, também foi demitido depois de ter sido revelado que tinha dado
informações confidenciais a doadores.
As eleições legislativas da Nova Zelândia vão realizar-se a
14 de outubro e as sondagens apontam para uma disputa renhida entre o Partido
Trabalhista, de centro-esquerda, e o seu principal opositor, o Partido
Nacional.
Fonte: TVI Notícias, 24 de julho de 2023
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