Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro visitam o hospital de Santa Maria









O primeiro-ministro defendeu hoje que o Governo está a cumprir as metas do plano de emergência para a saúde, mas admitiu que “seria irresponsável e irrealista dizer que as urgências estão a funcionar bem”.

“Aquilo que eu posso dizer é que nós estamos a cumprir. Estamos a cumprir as nossas prioridades. Nós elencámos como prioritário recuperar a lista de espera dos doentes oncológicos e foi materializado, todos aqueles que tinham ultrapassado o tempo máximo de resposta garantido, ou foram operados, ou têm as suas cirurgias agendadas para as próximas semanas”, salientou o primeiro-ministro.

“Seria uma declaração absolutamente irresponsável e irrealista dizer que as urgências estão a funcionar bem e que há uma capacidade de resposta plena. Nós sabemos que não há. Nós esperamos no próximo verão, com o trabalho que vamos desenvolver durante este ano, não ter os problemas que estamos a ter este verão e sobretudo aqueles que tivemos nos últimos oito anos”, realçou.

Contudo, o primeiro-ministro salientou o facto de terem sido registadas “19 050 chamadas de mulheres grávidas, que em vez de andarem à procura de um serviço de urgência disponível para as apoiar, foram encaminhadas para equipas que estavam já à sua espera para as atender”.

Depois de sabermos isto, a pergunta que eu lanço às portuguesas e aos portugueses é: nós estamos com mais ou menos capacidade de resposta? Nós estamos com mais capacidade de resposta. É suficiente para dar a todos o acesso que nós queremos garantir? Não, não é suficiente. Ainda é preciso fazer muito mais”, reconheceu.

Montenegro assegurou que “as grávidas portuguesas têm razões para estar hoje mais seguras do que estavam há meio ano atrás”.

E eu quero acreditar e quero dizer-lhes que vão ter razões para estar ainda mais seguras daqui a um ano”, acrescentou.

Fonte: O Jornal Económico, 8 de agosto de 2024

Marcelo diz que havia “expectativas muito altas” sobre plano para a saúde

O presidente da República considerou esta quinta-feira que foram criadas “expectativas muito altas” quanto ao plano de emergência do Governo para a saúde e disse esperar que os constrangimentos nas urgências deste ano “não se repitam” no próximo.

“Sendo certo que era um plano para dois anos, faseado ao longo de dois anos, criou expectativas muito altas quanto ao calendário fixado. E as pessoas, naturalmente, pensaram que esse plano de emergência poderia ser todo cumprido ao mesmo ritmo e ser cumprido não em dois anos, faseadamente, mas em poucas semanas ou em poucos meses, sobretudo calhando no período que é um período sempre complicado, como é o verão”, salientou o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Ora, bom, tudo isso preocupa os portugueses, tudo isso preocupa o Governo, tudo isso preocupa as oposições, tudo isso preocupa o Presidente da República, no sentido de que é preciso encontrar soluções o mais rápido possível para que a situação não se verifique no ano que vem. E eu ouvi a senhora ministra [da Saúde] dizer que para o ano, espero bem, que aquilo que se vive este ano já não seja vivido. A senhora ministra espera e eu espero”, afirmou.

Fonte: Eco, 8 de agosto de 2024





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