Israel rejeita crimes contra a humanidade e acusa ONU de relatório "tendencioso"
Will &
Grace - Debra Messing, Megan Mullally, Sean Hayes
Israel
criticou hoje uma investigação das Nações Unidas que concluiu que o Estado
judaico procurou deliberadamente destruir o sistema de saúde em Gaza e
maltratou detidos palestinianos, considerando o relatório
"tendencioso"
Na quinta-feira, investigadores da ONU acusaram Israel de
atacar deliberadamente instalações de saúde na Faixa de Gaza enquanto os militares torturavam e matavam
pessoal médico, citando "crimes contra a humanidade".
"Israel está a implementar uma política concertada de
destruição do sistema de saúde de Gaza como parte da sua ofensiva mais ampla em
Gaza", disse a comissão internacional independente de inquérito das Nações
Unidas num comunicado.
Numa longa declaração divulgada hoje, a representação de
Israel junto da ONU em Genebra rejeita veementemente estas alegações.
"Este relatório é mais uma
tentativa flagrante de deslegitimar a própria existência do Estado de Israel e impedir o seu direito de proteger a sua população,
ao mesmo tempo que encobre os crimes das organizações terroristas",
escreve a embaixada.
As conclusões, acrescenta, retratam "escandalosamente as operações de Israel em instalações de
saúde infestadas de
terroristas em Gaza como uma
estratégia contra o sistema de saúde, ao mesmo tempo que ignoram completamente
as provas esmagadoras de que as instalações médicas em Gaza têm sido
sistematicamente utilizadas pelo Hamas para atividades terroristas", pode
ler-se neste documento.
Israel rejeitou também as acusações de maus-tratos
generalizados e sistemáticos aos detidos palestinianos, que constituem crimes
de guerra e crimes contra a humanidade.
"Israel está totalmente
empenhado nos padrões jurídicos internacionais relativos ao tratamento dos
detidos", refere o comunicado, acrescentando que "isto
inclui a proibição do uso excessivo da força e dos maus-tratos".
Israel acusa ainda a comissão da ONU de criar uma "realidade
alternativa", contribuindo assim para "o agravamento deste
conflito".
"Apelamos aos Estados para que denunciem esta abordagem
tendenciosa, que só serve para manchar ainda mais a credibilidade do Conselho
dos Direitos Humanos e das Nações Unidas no seu todo", denuncia a
diplomacia israelita.
A comissão - composta por três membros e formada pelo
Conselho de Direitos Humanos em maio de 2021 para investigar suspeitas de
violações do direito internacional em Israel e nos territórios palestinianos -
publicou o seu segundo relatório desde o ataque ao movimento islamita
palestiniano Hamas, em 07 de outubro de 2023.
Fonte: Jornal de Notícias, 11de outubro de 2024
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