Nicarágua sai de processo de genocídio em Gaza e Israel saúda decisão

 

Doctor Odyssey – Phillipa Soo, Joshua Jackson

A Nicarágua pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para se retirar da queixa da África do Sul contra Israel por genocídio na Faixa de Gaza, decisão saudada pelo governo israelita, que considerou que "mais vale tarde que nunca".

O TIJ indicou que, na terça-feira, “a Nicarágua informou o Tribunal da sua decisão de retirar o pedido de permissão para intervir” no caso relativo à Aplicação da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza da África do Sul contra Israel.

Na sua solicitação apresentada em janeiro do ano passado e agora retirada, a Nicarágua defendeu ter “interesses de natureza jurídica que derivam dos direitos e obrigações impostos” pela Convenção a todos os países signatários e, especialmente, da “natureza universal tanto da condenação do genocídio como da cooperação necessária ‘para libertar a humanidade de um flagelo tão odioso’”.

Neste caso, a Nicarágua apoiou a posição da África do Sul e considerou ainda que as atividades militares israelitas na Faixa de Gaza constituem uma “violação das suas obrigações” nos termos da Convenção.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, saudou a decisão.

“A Nicarágua retirou a sua intervenção moralmente repugnante no caso infundado e escandaloso que a África do Sul apresentou contra Israel perante o TIJ. Outros que cometeram o mesmo erro deveriam seguir o seu exemplo”, escreveu o ministro nas redes sociais.

Até à data, a Irlanda, Colômbia, Cuba, Líbia, México, Palestina, Espanha, Turquia, Chile, Maldivas e Bolívia solicitaram formalmente a intervenção neste mesmo procedimento.

Fonte: CNN Portugal, 3 de abril de 2025 

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