Medicamento usado para calvície pode causar pensamentos suicidas, saiba o que deve fazer

O.P.J. Pacific Sud (2019) - Goti Pope, Marielle Karabeu

O alerta é do Infarmed. Em causa está a substância finasterida que, avisa, podem causar vários e preocupantes sintomas secundários como humor depressivo, depressão ou pensamentos suicidas. Se está a tomar comprimidos com esta substância, saiba o que deve fazer

O Infarmed alertou que os medicamentos contendo a substância finasterida, usada para calvície nos homens, podem causar pensamentos suicidas e pediu a quem os usa para parar de tomar se sentir alterações de humor e consultar um médico.

Numa nota disponível hoje no site, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde informa que Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou medidas para minimizar o risco de pensamentos suicidas dos medicamentos contendo finasterida e dutasterida, usada em casos de hiperplasia benigna da próstata.

O Infarmed refere que os pensamentos suicidas foram confirmados como efeito indesejável do medicamento contendo finasterida (em comprimidos), mas não foi encontrada uma ligação direta com os medicamentos com dutasterida.

Assim, avisa que os medicamentos com finasterida, em comprimidos, podem causar humor depressivo, depressão ou pensamentos suicidas e pede a quem os esteja a usar para, se sentir alterações de humor, pare de os tomar e contactar o médico assistente para aconselhamento.

Alerta ainda para o facto de nalguns doentes que tomam finasterida (comprimidos de 1 mg), os problemas com a função sexual (tais como menor desejo de ter relações sexuais, dificuldade em ter uma ereção e problemas com a ejaculação) poderem contribuir para alterações de humor, incluindo pensamentos suicidas.

"Se tiver problemas com a função sexual, contacte o seu médico para obter aconselhamento médico adicional", acrescenta.

Está a tomar? Eis o que deve fazer

Os doentes que estejam a utilizar finasterida oral de 1 mg para a alopecia androgenética devem ser aconselhados a interromper o tratamento e a procurar aconselhamento médico se sentirem humor depressivo, depressão ou ideação suicida.

Já quanto aos medicamentos com dutasterida, se o utente tiver humor depressivo, depressão ou pensamentos suicidas deve igualmente procurar um médico.

Fonte: SIC Notícias, 9 de maio de 2025

Porque as escolas não ensinam a modéstia aos jovens, na idade adulta abusam do espelho em culto diário do reflexo, para complicar este caso, os liberais nunca aprovarão capachinhos para todos, não gostam que o Estado mexa com as cabeças das pessoas:

“Aquilo em que se tem mais vaidade é o corpo. Mesmo que aleijado, há sempre um pormenor que nos envaidece. Compô-lo. Arranjá-lo. O careca puxa o cabelo desde o cachaço ou do olho do cú para tapar a degradação. O marreco faz peito. O espelho é para todos o grande dialogante. Passa-se a uma vitrina e olha-se de soslaio a ver como se vai. Uma mulher perfeita (e um homem) não inveja o intelectual, o artista. O inverso é que é. Muitas mulheres (e homens) cultivam a excecionalidade do seu espírito ou engenho por complexo ou vingança. Quando se não tem já vaidade no corpo, está-se no fim. Mas mesmo num leito de morte nos queremos «compostos». «Não me descomponhas» — disse a marquesa de Távora ao carrasco, uns momentos antes de ser decapitada. Tomam-se providências para como se há de ir no caixão. A degradação do corpo é a última coisa que se aceita. Hoje lavei o carro e vesti um calção para me não molhar. Dei uma vista de olhos ao espelho. Grumos, tumefações pelas pernas. Não gostei. Não muito tempo. Lembrou-me um certo professor. Tinha a bossa da oratória. E então contava: escrevia um discurso e lia. Parecia-lhe péssimo. Lia outra vez e outra. E a certa altura, sem emendar nunca uma vírgula, já lhe não parecia tão mau. A realeza em nós é um imatismo (a). Como no Ménon de Sócrates, o que há é que descobri-la.”

Vergílio Ferreira

(a) "Imatismo" em grego antigo (ἱματισμός, himatismos) refere-se a "vestimenta" ou "roupa". É um termo que aparece no Novo Testamento para descrever roupas em contextos literais e metafóricos. Pode referir-se a roupas físicas, mas também a estados espirituais ou morais. A ideia de vestimenta em textos bíblicos pode ir além da aparência física, representando a condição espiritual ou posição perante Deus.

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