Boeing E-4 da Força Aérea norte-americana, o ‘avião do fim do mundo’, fez escala em Washington: estará relacionada com a guerra ao Irão?
Doctor
Odyssey – Kathryn Newton
Também
conhecido como 'Pentágono voador’, o aparelho voou na terça-feira do estado da
Louisiana para a base aérea de Andrews, nos arredores da capital federal
Um dos Boeing E-4 da Força Aérea norte-americana fez esta
semana uma escala numa base perto de Washington, o que fez equacionar se, com a
escalada de tensão com o Irão, estará relacionada com um ataque àquele país.
O Boeing, conhecido como 'avião do fim do mundo' ou
'Pentágono voador', voou na terça-feira do estado da Louisiana para a base
aérea de Andrews, nos arredores da capital federal, que serve como ponto de
partida para os voos de longa distância do presidente dos Estados Unidos,
segundo mostram sites de rastreamento aéreo.
A operação desencadeou especulações sobre os preparativos
para uma escalada da violência entre os Estados Unidos e o Irão, país que o presidente
norte-americano, Donald Trump, afirmou estar a considerar atacar, para impedir
que conclua o processo de criação de uma bomba nuclear.
O E-4, uma versão altamente modificada do Boeing 747, serve
como centro de operações aéreas para o presidente, o secretário da Defesa e o
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, num cenário de emergência bélica que
inclui ataques nucleares.
Teoricamente, o E-4 é capaz de resistir a explosões
atómicas, ataques com ondas de impulso eletromagnético ou ciberataques.
O avião, que pode ser reabastecido de combustível em pleno
voo, foi tecnicamente projetado para permanecer no ar durante uma semana
inteira.
A aeronave "fornece um centro de comando, controlo e
comunicações com alta capacidade de sobrevivência para dirigir as forças
norte-americanas, executar ordens de guerra de emergência e coordenar as ações
das autoridades civis", segundo explica a Força Aérea.
O site da Internet de seguimento de voos Snopes
assegurou que o E-4 que aterrou na base militar de Andrews voou no dia seguinte
para o estado do Nebrasca e que uma fonte militar garantiu que se tratou de uma
"operação de rotina", não-relacionada com a situação no Irão.
Israel lançou na madrugada de 13 de junho uma ofensiva sobre
o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de
mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.
Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de
infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações
de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz,
Isfahan e Fordow, e foram também eliminados comandantes da Guarda
Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa
nuclear iraniano.
As autoridades da República Islâmica indicaram que os
bombardeamentos já fizeram pelo menos 232 mortos e 1800 feridos, ao passo que o
governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação
causaram a morte de 24 pessoas em território israelita.
Fonte: Expresso, 20 de junho de 2025
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