Da festa mais cara do mundo à vida no exílio. Pahlavi, descendentes do último Xá da Pérsia, podem ainda ser opção no Irão?
Agatha
Christie's Murder is Easy (2023) - Tom Riley
Proibido
de regressar ao país desde 1979, o príncipe herdeiro Reza Pahlavi vive nos EUA
e é uma das vozes contra o regime dos ayatollahs, a quem pode suceder. As
filhas fazem sucesso no Instagram
Reza Pahlavi tinha 18 anos quando a revolução islâmica de
1979 retirou o pai, Mohammad Reza Pahlavi, do poder, para estabelecer uma
teocracia xiita no Irão. Um ano antes, o príncipe tinha deixado o país para uma
formação aeronáutica nas Forças Aéreas dos Estados Unidos da América, numa base
em Lubbock, no Texas. Desde então, está impedido de regressar ao território
iraniano, tendo que viver exilado. “Tenho
defendido uma democracia no Irão e lutado pelos direitos humanos e pela
libertação do país há 44 anos. Dediquei a minha vida a esta causa”,
diz o príncipe herdeiro numa entrevista ao projeto Life Stories em 2024.
Quase um ano depois, Reza Pahlavi tem reforçado
a sua disponibilidade para liderar uma nova revolução no Irão,
diante da escalada de tensões entre o país e Israel e agora com a entrada dos
EUA no conflito. “Há um plano não só para a libertação dos meus compatriotas
deste regime mas para o que vem a seguir, o que esperamos ser uma resolução
democrática”, disse, numa outra entrevista, recente, à Bloomberg.
Este domingo, já depois dos EUA se terem juntado a Israel na guerra contra o Irão, e mesmo garantido que o objetivo não passa por derrubar o regime, Reza Pahlavi reagiu aos ataques contra as três centrais nucleares iranianas e defendeu na rede social X que “a única forma segura de alcançar a paz é o fim deste regime” que governa o país há mais de quatro décadas.
“Os ataques às três instalações nucleares da República
Islâmica são o resultado da busca catastrófica do regime por armas nucleares à
custa do povo iraniano. Ali Khamenei e o seu regime terrorista em ruínas
falharam com a nação. Enquanto Khamenei pondera como responder a partir do seu
bunker subterrâneo, digo-lhe o seguinte:
Para bem do povo iraniano, responda abandonando o cargo, para que a orgulhosa
nação iraniana possa deixar para trás o período desastroso da República
Islâmica e iniciar um novo capítulo de paz, prosperidade e grandeza”, escreveu.
Reza Pahlavi vive nos Estados Unidos há várias décadas e
alimenta a esperança de regressar ao seu país para liderar um período de
transição após uma eventual queda da República Islâmica iraniana criada após o
afastamento do seu pai.
Uma infância a ser preparado para a sucessão
Foi quando tinha cerca de sete anos que Reza Pahlavi foi
coroado príncipe herdeiro, durante a cerimónia de coroação do pai, o Xá
Mohammad Reza Pahlavi, em 1967. “No caminho de regresso percebi que havia uma
expetativa das pessoas sobre mim”, diz o pretendente ao trono persa, que alega
ter sido preparado para ser o sucessor. O pai assumiu a liderança em 1941,
durante a Segunda Guerra Mundial, quando o avô, Reza Shah Pahlavi, foi obrigado
a abdicar depois da invasão anglo-russa. Já em
1953, um golpe de Estado apoiado pela CIA e pelo MI6 derrubou o
primeiro-ministro, Mohammad Mossadegh, e deu novamente poder ao Xá.
Entretanto, a cerimónia de coroação só aconteceu 26 anos depois de subir ao
trono, no aniversário de 48 anos de Mohammad Reza Pahlavi. “Foi de um país
tradicional para um totalmente comprometido com o desenvolvimento, a modernidade
e o progresso”, diz Reza Pahlavi, que afirma ainda que o pai promoveu “a libertação da sociedade em
aspetos como os direitos das mulheres. O Irão estava no caminho de ser uma
sociedade muito progressista, se a revolução não tivesse acontecido”.
Para Robert Steele, investigador no Instituto de Estudos
Iranianos da Academia de Ciências Austríaca, a coroação mais de duas décadas
depois foi, na verdade, um “espetáculo monárquico”. “Cada aspeto do evento foi
desenhado para dar a ideia de que o Xá era tão tradicional quanto moderno, o
guardião de uma tradição de monarquia de 2500 anos, mas um revolucionário”,
escreveu, num artigo publicado em 2021. Parte desta imagem criou-se a partir da
chamada Revolução Branca, que envolvia uma redistribuição de terras e o
investimento na modernização da indústria. “Foram feitas tentativas de
codificar uma ideologia de Estado baseada na glória da monarquia e na veneração
dos reis iranianos antigos”, escreve Steele. “O Xá adotou títulos como Aryamihr
(que significa ‘a luz dos arianos’ — em que arianos é uma designação para os
povos iranianos antigos), ligando-o à antiga tradição de reinados e
implementando reformas modernas, como a redistribuição de terras e o aumento
dos direitos das mulheres”, afirma o investigador. Os clérigos xiitas moveram
uma forte oposição à reforma.
"A família imperial era apresentada como o arquétipo
da família iraniana, um modelo para o povo. A imperatriz Farah era o ideal de
mulher na utopia Pahlavi. Era bela, elegante, cuidava do marido e dos filhos e
servia o seu país."
Robert Steele, investigador no de Estudos Iranianos da
Academia de Ciências Austríaca
De facto, foram anos diferentes daquilo que se conhece do
Irão atualmente, especialmente pela forma como as mulheres eram tratadas. Entre as décadas de 1960 e 1970, passaram a ter o direito
de voto, exercer cargos políticos e tinham a liberdade de andar em locais
públicos sem o hijab e até de usar roupas ocidentais, como a minissaia.
“A família imperial era apresentada como o arquétipo da família iraniana, um
modelo para o povo. A imperatriz Farah era o ideal de mulher na utopia Pahlavi.
Era bela, elegante, cuidava do marido e dos filhos e servia o seu país”,
escreve o investigador, sobre a primeira mulher a ser coroada imperatriz no
Irão em muitos séculos. O regime, contudo, também era contestado por ações que
contribuíram para a sua queda: num contexto de Guerra Fria e proximidade aos
Estados Unidos, a polícia política SAVAK fez milhares de prisioneiros políticos, reprimiu
movimentos ligados ao comunismo e ao socialismo e entrou em conflito com os clérigos
xiitas.
A maior festa do mundo
A presença do príncipe herdeiro, dentro deste contexto, era
comum em eventos públicos, como o próprio relata: “Inaugurações, visitas a
trabalhadores de fábricas, entregas de prémios, eventos desportivos, visitas a
escolas”, conta Reza Pahlavi, que dá como exemplo a cerimónia de comemoração
dos 2500 anos da criação do Império Persa, em 1971, que passou à história como a maior festa do mundo.
Estima-se que tenha custado perto dos 1,5 mil milhões de euros. As antigas ruínas da cidade de Persépolis foram preenchidas com tendas decoradas com 37 km de seda e 50 mil pássaros foram importados da Europa. As refeições foram preparadas pelo Maxim’s, que fechou as portas por duas semanas em Paris para a ocasião. Uma centena de aviões militares iranianos transportaram os materiais para as tendas, 150 toneladas de itens de cozinha e 18 toneladas de comida, vindos da França, para compor o banquete, servido por empregados de mesa contratados do Badrutt’s Palace Hotel, de St. Moritz. Foram consumidas mais de 25 mil garrafas de vinho e 12 mil garrafas de uísque. Entre os convidados estavam 60 chefes de Estado internacionais, entre reis, rainhas, príncipes, duques, xeques e presidentes do mundo inteiro. Alguns dos nomes ilustres que foram recebidos em Persépolis foram o Duque de Edimburgo e a filha, a princesa Ana, o príncipe Rainier e a princesa Grace do Mónaco e o Rei Constantino da Grécia. A esta altura o Xá autoproclamava-se “o rei dos reis”.
Chegada do Xá, da Shahbanou Farah e do Príncipe Herdeiro a
Pasárgadae, em frente ao túmulo de Ciro, 12 de outubro de 1971
Contudo, para a oposição, a festa só serviu de combustível.
“Não havia eleições”, conta Esmaeil Khataie, que foi um dos representantes
estudantis entre 1969 e 1971, num documentário de 2016 da BBC. “Até ler um
livro era difícil. Se fôssemos apanhados com um livro proibido éramos
espancados até a morte”, afirma. Paralelamente, as reformas do Xá visavam
também reduzir os poderes dos clérigos. Depois de um crescimento económico
inicial, muito apoiado no comércio de petróleo em parcerias com o Reino Unido e
os Estados Unidos, o Irão estagnou, o que fomentou a oposição religiosa, de
acordo com o professor de história e cientista político norte-americano John P.
Dunn. “A revolução foi abastecida pelo descontentamento com o regime
autocrático do Xá, caracterizado pela má gestão económica, corrupção e a
influência intensa da cultura ocidental. O descontentamento uniu diversos
grupos, incluindo clérigos radicais, ativistas de esquerda e cidadãos
insatisfeitos, sob a liderança do ayatollah Rhollah Khomeini, que se opôs às
reformas do Xá de reduzir a autoridade religiosa”, escreveu, num artigo
publicado em 2023.
Em janeiro de 1979 Mohammad Reza Pahlavi deixou o Irão,
tendo sido deposto a 1 de abril do mesmo ano, num referendo que instaurou o
regime de domínio islâmico. O último Xá da Pérsia exilou-se primeiro no Egito,
depois no Marrocos, nas Bahamas, no México e nos EUA, onde recebeu tratamento
médico para cancro. Em novembro de 1979, menos de nove meses após a derrubada
da monarquia, um grupo de estudantes apoiantes da revolução islâmica invadiu a
embaixada dos EUA em Teerão e fez mais de 50 reféns, exigindo que Washington
extraditasse o Xá para ser julgado no Irão. A crise só terminou 444 dias mais
tarde, após a morte do Xá deposto, já exilado no Egito.
Um príncipe a viver no exílio
Com o novo regime após a Revolução de 1979, liderada pelo
aytollah Khomeini, o príncipe herdeiro permaneceu impedido de regressar ao
Irão. Primeiro terminou o programa de treino da força aérea nos EUA e depois
completou a licenciatura em ciências políticas na Universidade do Sul da
Califórnia, por correspondência, enquanto vivia entre Paris e Marrocos. Alguns
meses depois da morte do pai, no dia do seu 20.º aniversário, Reza Pahlavi
autoproclamou-se Xá Reza II, no Cairo, escreveu o Washington Post em
1989. “O ano é 1980, o meu pai está morto, há uma crise no país, uma guerra
começou em setembro. Há pessoas que precisam do meu apoio moral, força,
confiança, pelo menos uma pequena janela de esperança. Vim para dizer: ‘Vejam!
Tenho a escolha aos 20 anos de ignorar, afinal não sou louco, já estou
estabelecido, com uma vida decente e posso viver confortavelmente. Qual é o meu
motivo? Sou nacionalista, quero servir o meu país e não posso virar as costas
ao meu povo. Estou aqui para servi-los, senhores e senhoras, estou cá se
precisarem de mim”, disse o jovem Reza Pahlavi, a partir da sua casa no
subúrbio do estado norte-americano da Virgínia. Desde então, o príncipe
herdeiro tem sido uma voz ativa opositora ao regime dos ayatollahs. Deu
inúmeras entrevistas a órgãos de comunicação social internacionais, publicou
artigos e escreveu três livros sobre a questão política no Irão.
"As pessoas têm a impressão de que tenho milhares de
milhões, o que é uma mentira, é pura sensação".
Reza Pahlavi, filho do último Xá da Pérsia
Em 1985, quando ainda vivia na Suíça, conheceu Yasmine
Etemad-Amini, uma jovem iraniana de 17 anos que vivia com a família em
São Francisco, na Califórnia. Os dois encontraram-se pela primeira vez no
aeroporto, graças a amigos em comum, e mantiveram um romance à distância por
cerca de um ano, quando se casaram, em junho de 1986, e mudaram-se juntos para
Washington. Na altura viviam numa casa que era descrita como um “palácio” e que
tinha uma discoteca na cave. O príncipe herdeiro, então com 28 anos, negava
viver de forma tão sumptuosa e alegava não ter emprego e manter-se com a ajuda
de família e amigos. “As pessoas têm a impressão de que tenho milhares de
milhões, o que é uma mentira, é pura sensação”.
A Jackie Kennedy do Médio Oriente com uma fundação em
Portugal
Farah Diba Pahlavi, a viúva do último Xá da Pérsia, tem hoje
86 anos e desde a morte do marido em 1981 que vive entre Paris e Washington. Em 2023 abriu em Portugal a
Shahbanou Farah Pahlavi Foundation, uma fundação dedicada a promover a
memória e a história do Irão através do espólio acumulado ao longo da vida pela
última imperatriz do país. “Por questões políticas e diplomáticas entre a
França, os Estados Unidos e a República Islâmica do Irão preferi não escolher
nenhum deles. Sabia que Portugal tinha uma democracia estável, madura, que era
um país multicultural, tolerante e aberto à comunidade internacional. Sabia
também da vocação de Portugal para receber fundações estrangeiras, como foi o
caso da Fundação de Calouste Gulbenkian e recentemente da Fundação Aga Khan,
que são muito boas referências”, justificou em entrevista ao Expresso,
revelando que só esteve uma vez no Algarve, há muitos anos. Contudo, até agora
a fundação teve pouca atividade: a coleção esteve exposta pela última vez em
maio de 2024 num hotel em Paris. No site oficial, lê-se que a intenção é
promover bolsas de estudo e prémios, porém alega que está atualmente “a captar
fundos para contribuir com os programas e projetos específicos descritos na
secção ‘o que fazemos'”. A organização também não tem uma sede física, mas
afirma estar à procura de um parceiro local para “abrigar as obras de arte,
livros e arquivo digital”.
Antes de deixar o Irão, em 1979, Farah Diba já era uma grande entusiasta da arte moderna e tinha uma coleção que a BBC estimou em 2018 valer mais de 3 mil milhões de euros e incluiria obras de Francis Bacon, Jackson Pollock, Pablo Picasso e até um retrato da imperatriz feito por Andy Warhol (que foi danificado com uma faca depois do exílio). As peças estão atualmente no Museu de Arte Contemporânea do Teerão e foram expostas em 2024. “O que eu comprei, foi para o Irão”, disse, sobre não ter levado nada consigo quando saiu do país. Licenciada em arquitetura em Paris e apaixonada por arte e moda, Farah ficou conhecida como a “Jackie Kennedy do Médio Oriente”. Para o casamento usou um vestido de noiva de sonho Yves Saint Laurent, e ao longo do reinado desfilou visuais Guerlain ou Dior, sempre adornados com joias e diamantes.
Farah Diba usou um vestido Yves Saint Laurent para o seu
casamento com o Xá da Pérsia
Farah Diba foi a terceira mulher de Mohammad Reza Pahlavi e
a única capaz de lhe dar um filho que seria o seu sucessor. O casal teve ainda
outros três filhos: a princesa Farahnaz; a princesa Leila, que se suicidou num
hotel em Londres em 2001 depois de enfrentar uma grave depressão; e o príncipe
Ali-Reza, que seguiu o mesmo caminho em 2011 em Boston, aos 44 anos, também em
consequência de uma depressão, de acordo com um comunicado público lido pelo
próprio irmão.
Família de influencers
Se Farah Diba foi um ícone a seu tempo, as mulheres Pahlavi seguem o mesmo trajeto, ao estarem presentes no espaço público seja ao apoiar a oposição ao regime atual no Irão, seja pelo estilo e a elegância. A mulher do príncipe herdeiro, Yasmine Pahlavi, é licenciada em direito e trabalha como advogada no Children’s Law Center de Washington D.C., além de ter fundado e dirigir a Fundação para as Crianças do Irão. A mulher do príncipe herdeiro revelou o diagnóstico de cancro da mama em 2018, e documentou a jornada de cura através das redes sociais, onde tem mais de um milhão de seguidores.
Yasmine Pahlavi
Popularidade que se reflete nas filhas, de 33, 32 e 21 anos. Noor Pahlavi, a mais velha, nasceu em 1992 em Washington, é licenciada em psicologia pela Universidade Georgetown e hoje vive e trabalha em Nova Iorque. Entre as irmãs é a mais envolvida nas questões políticas, acompanhando o pai em palestras e eventos, como os encontros da União Nacional pela Democracia no Irão. Também é ativista e atua em organizações não governamentais para a diminuição da pobreza, pelos direitos dos animais e para apoiar a educação. Nas redes sociais, partilha com mais de um milhão de seguidores mensagens políticas e as fotografias típicas de uma influencer: a mostrar o look do dia, as festas e as viagens para St. Tropez, Ibiza ou resorts de ski em Aspen, no Colorado.
Noor Pahlavi
Iman Pahlavi, a segunda irmã, também vive e trabalha em Nova Iorque. Licenciou-se em psicologia e comunicação pela Universidade do Michigan e há duas semanas casou-se numa cerimónia multicultural com o empresário norte-americano Bradley Sherman, que trabalha no mercado financeiro e terá origem judia. Iman é a menos popular das irmãs nas redes sociais, tem cerca de 50 mil seguidores, mas também se posiciona politicamente em algumas partilhas. O feed é composto por fotografias de momentos em família, viagens e festas com amigos.
Iman Pahlavi
Já a filha mais nova, Farah, tem 21 anos e é a que menos faz publicações políticas. Das três irmãs é a única que ainda não concluiu uma licenciatura e tem passado os últimos meses a viajar: desde o começo do ano já esteve na Noruega, Suíça, Itália, França e Grécia. Aliás, a jovem comemorou os 21 anos em janeiro em Paris, onde celebrou com a família e amigas.
Farah Pahlavi
As três são fotografadas com frequência a participarem de
manifestações pelos direitos humanos no Irão, na companhia do pai, da mãe e da
avó. Nos últimos dias, com a escalada no conflito, têm-se mostrado a apoiar um
possível derrube do regime xiita, defendido pelo pai e pelos grupos que
defendem o regresso da monarquia. A viver mais de quatro décadas nos EUA, Reza
Pahlavi criou a família no meio de uma sociedade ocidental. Numa participação
num podcast em 2024, o príncipe herdeiro nega que o pai se tenha convertido ao
cristianismo antes de morrer, diz-se um homem de fé, mas afirma que a religião
“deve ser um assunto privado” e defende os direitos das minorias religiosas.
“Espero que um dia o Irão não se precise preocupar sobre o seu líder ser homem
ou mulher, judeu, cristão ou ateu. Não deve ser sobre isso”.
E ele está pronto a assumir o seu papel se o regime cair.
Mas não parece ser essa a intenção de Trump. Para já. Mas é a de Israel.
Fonte: Observador, 22 de junho de 2025
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