"Incitação à violência". Reino Unido junta-se a quatro países para sancionar ministros extremistas de Israel
Agatha
Christie's Murder is Easy (2023)
O Reino Unido, a par de Austrália, Canadá, Nova Zelândia e
Noruega, decidiu sancionar Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich por comentários
"monstruosos" sobre Gaza, pelos planos para destruir o território e
pela violência usada para controlar novos assentamentos na Cisjordânia. Os dois
ministros israelitas de extrema-direita, acusados de “incitação à violência”,
ficam proibidos de viajar para estes países e terão
parte dos ativos
congelada. Ben-Gvir, ministro da Segurança do governo de coligação
de Benjamin Netanyahu, e Smotrich, ministro das Finanças, são os alvos destas
novas sanções por, segundo os ministros dos Negócios Estrangeiros dos cinco
países, terem incitado à “violência extrema e a graves violações dos Direitos
Humanos palestinianos”.
Num comunicado conjunto, apontam como “terrível e perigoso”
que estes ministros israelitas defendam “o deslocamento forçado de
palestinianos e o estabelecimento de novos assentamentos israelitas”.
"Estamos firmemente comprometidos com a solução de dois
Estados e continuaremos a trabalhar com os nossos parceiros para a sua
implementação. É a única maneira de garantir segurança e dignidade para
israelitas e palestinianos e assegurar estabilidade a longo prazo na região,
mas está ameaçada pela violência extremista dos colonos e pela expansão dos
assentamentos”, escreveu o ministro britânico David Lammy, juntamente com os
ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega.
Estes governos afirmam querer, desta forma, “responsabilizar
os responsáveis” pelas “ações inaceitáveis”.
“Nós vamos esforçar-nos para alcançar um cessar-fogo
imediato em Gaza, a libertação imediata dos
restantes reféns feitos pelo Hamas - que
não pode ter nenhum papel futuro na governação de Gaza -, assim como um aumento na ajuda e um caminho
para uma solução de dois Estados”.
A decisão, anunciada esta terça-feira, surge no momento em
que o Reino Unido e outros países ocidentais tentam aumentar a pressão sobre o
Governo de Israel.
O Governo israelita já reagiu à vaga de sanções, condenando
a decisão.
“É ultrajante que representantes
eleitos e membros do governo
sejam submetidos a esse tipo de medida", declarou o ministro dos Negócios
Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, numa conferência de imprensa. “Discuti
isto hoje mais cedo com o primeiro-ministro Netanyahu e vamos realizar uma
reunião especial do governo no início da semana que vem para decidir a nossa
resposta a essa decisão inaceitável”.
Smotrich, ao discursar na
inauguração de um novo assentamento nas
Colinas do Hebron, falou em “desprezo” pela decisão britânica.
“O Reino Unido já tentou uma
vez impedir-nos de estabelecer o berço de nossa pátria, e não
podemos deixar isso acontecer novamente. Estamos determinados, se Deus quiser,
a continuar a construir”.
Recorde-se que Smotrich aprovou a expansão dos colonatos na
Cisjordânia e fez campanha contra a ajuda humanitária em Gaza, dizendo em maio
que não permitiria que "nem mesmo um grão de trigo" entrasse no
enclave palestiniano. Já o extremista Bem-Gvir visitou o Pátio das Mesquitas
várias vezes e rezou no local, desafiando as regras em vigor – e qualquer ação
por parte de israelitas é vista pelos muçulmanos como um sinal de que Israel
pode querer mudar o estatuto do local.
Fonte: RTP, 10 de junho de 2025
Os políticos são uns pândegos ao falarem de “violência sem sentido”. Por auferirem salários obscenos, muito acima da generalidade da população, perderam todo o contacto com a realidade, não perceberam as consequências futuras dos confinamentos, nem do exemplo dos seus colegas.
Assistente educacional esfaqueada mortalmente por aluno
de 15 anos à porta de escola em França
Uma assistente educacional morreu esfaqueada por um aluno de
15 anos à entrada de uma escola em Nogent, no leste de França, num episódio que
o presidente francês, Emannuel Macron, classificou como uma "explosão de violência sem sentido".
O adolescente, até agora desconhecido da polícia, já foi
detido, revelaram à agência de notícias AFP as autoridades locais e fonte
próxima da investigação.
A assistente educacional, de 31 anos, foi esfaqueada durante
um controlo de mochilas.
Numa mensagem na rede social X, Emmanuel Macron confirmou o
episódio, considerado que a assistente educacional foi "vítima de uma
explosão de violência sem sentido".
"A Nação está de luto e o governo mobilizado para
reduzir a criminalidade", acrescentou.
Os controlos aleatórios de mochilas foram implementados nos
estabelecimentos escolares franceses depois de, em março, um rapaz de 17 anos
ter morrido durante uma rixa em frente a uma escola secundária do departamento
de Essone, na região de Paris.
Fonte: CNN Portugal, 10 de junho de 2025
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