Elon Musk excluído de jantar de Donald Trump com executivos da tecnologia



Donald Trump durante o jantar na Sala de Jantar do Estado da Casa Branca, 4 de setembro de 2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Casa Branca, na quinta-feira, um grupo de executivos do sector tecnológico para um jantar, mas um nome esteve ausente da lista de convidados: Elon Musk, o patrão da Tesla, SpaceX e X.

Musk, outrora um aliado próximo de Trump, e que foi anteriormente encarregue de liderar uma nova agência governamental destinada a reduzir o desperdício de despesas federais, não parece ter feito parte do grupo exclusivo de líderes tecnológicos seniores.

A relação entre os dois não tem sido boa desde a sua zanga pública devido a divergências sobre a "Big Beautiful Bill" de Trump, que Musk apelidou de "idiota", argumentando que vai elevar a despesa federal e os níveis de endividamento a novos patamares.

Mais tarde, Musk intensificou a polémica com Trump, tendo recorrido ao X para acusar Trump de ter ocultado deliberadamente os documentos sobre Jeffrey Epstein, de modo a encobrir o seu próprio envolvimento com o criminoso sexual condenado.

Em vez de Musk, esteve presente Sam Altman, que dirige a OpenAI, a empresa responsável pelo ChatGPT, e um dos maiores rivais de Musk no espaço da inteligência artificial (IA).

Outro reflexo da mudança de lealdades no mundo de Trump, foi a inclusão de Jared Isaacman, que fundou a empresa de processamento de pagamentos Shift4.

Isaacman foi o aliado de Musk escolhido por Trump para liderar a NASA. Mas a nomeação foi retirada porque era, nas palavras de Trump, "totalmente democrata".

Trump interroga executivos sobre investimentos nacionais

Trump apresentou pesquisas sobre inteligência artificial e gabou-se dos investimentos que as empresas estão a fazer nos Estados Unidos.

"Isto está a levar o nosso país a um novo nível", disse no centro de uma longa mesa, rodeado por, segundo ele, "pessoas de elevado QI".

O jantar foi o mais recente exemplo de uma relação delicada entre Trump e os líderes tecnológicos, vários dos quais estiveram presentes na sua tomada de posse.

Trump tem exultado com a atenção de alguns dos empresários mais bem sucedidos do mundo, enquanto as empresas estão ansiosas por se manterem do lado bom de um presidente temperamental.

Enquanto os executivos elogiavam Trump e falavam sobre as suas esperanças de avanços tecnológicos no país, o presidente republicano estava mais concentrado no dinheiro. Perguntou mesmo aos executivos quanto estavam a investir no país.

Mark Zuckerberg, da Meta, que ladeou Trump à direita, disse 600 mil milhões de dólares (514 mil milhões de euros), enquanto o presidente executivo da Apple, Tim Cook, disse o mesmo. O diretor-executivo da Alphabet - da qual a Google é subsidiária - Sundar Pichai disse que a sua empresa ia investir 250 mil milhões de dólares (214,2 mil milhões de euros).

O diretor-executivo da Microsoft, Satya Nadella, disse que a gigante da tecnologia com sede em Seattle está a investir até 80 mil milhões de dólares (68,5 mil milhões de euros) por ano. "É um grande número", respondeu Trump. "Ótimo, muito bom."

Também participaram do jantar de quinta-feira o presidente da IBM, Arvind Krishna, e o presidente da Code.org, Cameron Wilson.

Bill Gates, da Microsoft, fala durante o jantar com Donald Trump na Casa Branca, 4 de setembro de 2025

A Casa Branca confirmou que a lista de convidados para o jantar também incluiu o cofundador da Microsoft, Bill Gates; o fundador do Google, Sergey Brin; o fundador da OpenAI, Greg Brockman; a diretora-executiva da Oracle, Safra Catz; o diretor-executivo da Blue Origin, David Limp; o diretor da Micron, Sanjay Mehrotra; o fundador da TIBCO Software, Vivek Ranadive; o executivo da Palantir Shyam Sankar e o fundador da Scale AI, Alexandr Wang.

O antigo chefe do DOGE e magnata da tecnologia Elon Musk, que se desentendeu com Trump no início deste ano, esteve notavelmente ausente do jantar.

"Fui convidado, mas infelizmente não pude comparecer", escreveu Musk, responsável da SpaceX, Tesla e X, na sua plataforma de redes sociais. "Um representante meu estará lá".

Fonte: Euronews, 5 de setembro de 2025

As crónicas não registam o cardápio que uniu em mastigação tão ilustres convivas e o líder planetário supremo, porém, os jantares de Estado na Casa Branca costumam oferecer uma cozinha americana requintada com ingredientes sazonais e um toque regional. Os menus anteriores incluíram pratos como:

Entrada: Salada de tomate tradicional, lagosta escalfada ou sopa de ervilhas gelada

Prato principal: Filet mignon maturado a seco, borrego com crosta de ervas ou linguado de Dover

Sobremesa: Tarte de chocolate, mousse de limão ou bolo de baunilha com compota de frutos vermelhos

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