NATO diz que míssil russo só leva mais 5 minutos a chegar a Madrid do que ao leste europeu
Perry Mason
(1957-1966) – Jerome Thor, Barney Phillips
Mark
Rutte usou este argumento para apelar aos membros da NATO a que gastem mais com
o investimento em defesa. O líder da NATO afirma que toda a Aliança está sob
"ameaça direta" do regime de Vladimir Putin
O secretário-geral da NATO pediu
um maior investimento em Defesa, perante a crescente ameaça russa,
cujos avanços tecnológicos lhe permitem demorar apenas mais "cinco ou dez
minutos" a atingir Madrid do que o leste europeu.
"Com a mais recente
tecnologia russa em matéria de mísseis, por exemplo, a diferença atual entre a
Lituânia, na linha da frente [da Aliança Atlântica], e o Luxemburgo, Haia ou
Madrid é de entre cinco e
10 minutos. É esse o tempo que este míssil demora a chegar a estas zonas
da Europa", declarou Mark Rutte numa conferência de imprensa no
Luxemburgo.
O secretário-geral aliado, que se reuniu com o
primeiro-ministro luxemburguês, Luc Frieden, e a ministra da Defesa, Yuriko
Backes, advertiu de que, para "manter a força" da NATO é fundamental
gastar mais em Defesa, razão pela qual os líderes aliados acordaram este verão,
na cimeira em Haia, aumentar o investimento militar para 5% do produto interno
bruto (PIB).
"Estamos a fazer isto
porque a ameaça russa está a aumentar de dia para dia. Não sejamos
ingénuos. Isto também poderá um dia afetar o Luxemburgo, o meu país, os Países
Baixos... Estamos todos seguros agora, pensamos que estamos longe da Rússia,
mas estamos muito perto", argumentou.
"Quer se viva em Londres ou em Tallinn, já não faz
diferença"
"Estamos todos sob ameaça direta dos russos; estamos
todos no flanco leste. Agora, quer se viva em Londres ou em Tallinn, já não faz
diferença", garantiu. Afirmou também que os Estados Unidos estão
"absolutamente comprometidos" com a NATO e sublinhou que a ameaça
russa é uma ameaça "a longo prazo para toda a Aliança Atlântica".
"Sabemos que a Rússia é
uma ameaça a longo prazo para a Aliança. Neste momento, está a ocorrer um
enorme aumento das Forças Armadas e do Exército russos, não só para organizar
paradas em Moscovo, mas para os utilizar", comentou Rutte.
"E estão a usá-los, neste momento, na Ucrânia, e poderão usá-los noutros
lugares. Por isso, é fundamental que a nossa dissuasão seja tal que nunca
tentem atacar a NATO", prosseguiu.
Frieden, por sua vez, anunciou que o Luxemburgo vai
participar no próximo grupo de países que reunirá um investimento de 500 milhões de dólares (428,6 milhões de euros) em
armamento norte-americano para
enviar para a Ucrânia, no âmbito da chamada iniciativa PURL (Lista de Pedidos Prioritários da Ucrânia).
Financiada por aliados europeus e pelo Canadá, esta nova
iniciativa consiste em pacotes periódicos, cada um no valor aproximado de 500
milhões de dólares (428,6 milhões de euros), contendo equipamento e munições
identificados pela Ucrânia como prioridades operacionais. Entre eles,
incluem-se meios que os Estados Unidos podem fornecer em maiores quantidades
que a Europa e o Canadá por si sós.
Rutte felicitou de novo o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, por "estar realmente a assumir a liderança, no que respeita
a qualquer esforço na Ucrânia em favor da paz".
"O presidente Trump fez do fim desta guerra brutal uma
prioridade máxima. Desde fevereiro, quebrou o impasse com Putin e manteve
conversas telefónicas com ele", lembrou, acrescentando que, além disso,
"há algumas semanas, comprometeu-se com a participação dos Estados Unidos
nas garantias de segurança à Ucrânia".
Fonte: SIC Notícias, 2 de setembro de 2025
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