Arma que matou Charlie Kirk é da Primeira Guerra Mundial e era impossível de ser rastreada


Perry Mason (1957-1966) – Ray Collins

Espingarda, do modelo Mauser 98 e que pertencia ao avô de Tyler Robinson, não continha número de série, o que fazia com que fosse impossível de ser rastreada.

A arma, supostamente utilizada por Tyler Robinson para assassinar Charlie Kirk, seria da Primeira Guerra Mundial e era tão antiga que seria impossível rastreá-la, avança o jornal New York Post.

Tyler Robinson terá descrito esta arma - um modelo Mauser - como a "espingarda do avô", num bilhete que deixou ao seu namorado e colega de quarto. Segundo o New York Post, trata-se de uma arma de fabricação alemã com décadas de existência, que era usada nas guerras mundiais, e que eram impossíveis de serem rastreadas. Só depois de ter sido criada uma lei - que surgiu na sequência do assassinato de John F. Kennedy, em 1963, - que determinava que as armas teriam de ser gravadas com número únicos, é que estas passaram a poder ser rastreadas. "Não sei se tem número de série, mas não consegui rastreá-la até mim. Estou preocupado com impressões digitais. Tive que deixá-la num arbusto onde troquei de roupa. Não tive condições ou tempo para levá-la", escreveu o suspeito na nota deixada ao colega de quarto.

O mesmo jornal detalha ainda que esta Mauser 98 era de calibre 30-06. Isto significa que é capaz de disparar balas ligeiramente menores a 8 milímetros e que precisa de ser carregada entre os disparos.

Autoridades temem mais assassinatos com recurso a armas não rastreáveis

Acredita-se que existam milhões de armas como esta nos Estados Unidos, uma vez que os soldados americanos as guardaram depois da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Desde então que elas se tornaram populares entre os caçadores, estando à venda em várias lojas e feiras. Tudo isto fez com que se gerasse uma preocupação entre as autoridades federais, que apontam para outros possíveis assassinatos com recurso a este tipo de espingardas não rastreáveis. "Sem a segurança oferecida ao presidente, não há como se defender contra a ameaça que isso representa", disse à NBC Scott Sweetow, um funcionário aposentado do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos.

Robinson, de 33 anos, o principal suspeito pela morte de Charlie Kirk, terá deixado a arma embrulhada numa toalha numa área arborizada perto da Universidade Utah Valley - onde ocorreu o assassinato. Horas depois, a polícia encontrou a espingarda. Se Robinson não se tivesse entregado, dificilmente as autoridades conseguiriam chegar até ao suspeito através do rastreamento da arma. No entanto, segundo o New York Post, as autoridades conseguiram recuperar o ADN do suspeito que constava na arma do crime, que é coincidente com a de Robinson.

Fonte: Sábado, 21 de setembro de 2025

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Tomás Taveira e idade de ouro portuguesa

Nem Antetokounmpo escapa a Donald Trump: "Somos igualmente gregos"