Supremo Tribunal dos EUA rejeita recurso de ex-namorada de Epstein
Perry Mason
(1957-1966) – Raymond Burr
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos (EUA) rejeitou hoje um
recurso apresentado por Ghislaine Maxwell, a ex-namorada do empresário Jeffrey
Epstein, que cumpre uma pena de 20 anos de prisão por tráfico sexual.
Os juízes recusaram reabrir o caso, o que iria atrair mais
atenção ao escândalo de abusos sexuais ligado a Epstein e às alegadas
tentativas do presidente norte-americano, Donald Trump, de conter a divulgação
de documentos do processo.
Os advogados de Maxwell sustentavam que a britânica nunca
deveria ter sido julgada, alegando que um acordo de não-acusação assinado em
2007 com os procuradores de Miami também protegia “potenciais cúmplices” em
qualquer parte do país.
A antiga ‘socialite’ foi condenada em 2021, em Manhattan,
por ajudar a atrair adolescentes para serem abusadas sexualmente por Epstein,
após um julgamento que incluiu testemunhos de vítimas abusadas entre as décadas
de 1990 e 2000.
O tribunal federal de recurso já tinha validado a acusação,
e o Supremo Tribunal confirmou agora a decisão, sem justificar a recusa do
recurso.
Maxwell, transferida recentemente de uma prisão federal na
Florida para um estabelecimento de segurança mínima no Texas, mantém-se a
cumprir pena e continua a negar qualquer envolvimento em abusos sexuais.
O caso voltou a ganhar destaque depois de o Departamento de
Justiça norte-americano ter assegurado que não divulgará novos documentos sobre
a investigação, alegando proteção das vítimas e inexistência de provas
adicionais relevantes.
Jeffrey Epstein foi preso em 2019 por ter abusado
sexualmente de dezenas de adolescentes e foi encontrado morto um mês depois
numa cela de prisão em Nova Iorque, no que os investigadores descreveram como
um suicídio.
Fonte: Lusa, 6 de outubro de 2025
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