As perdas do PMC Wagner no Mali: dezenas de combatentes e um conhecido propagandista mortos

 

Uma batalha recente entre as forças armadas da junta militar, apoiadas pelos combatentes do PMC Wagner, e o grupo CSP-DPA no Mali matou dezenas de combatentes e um proeminente propagandista.

Canais do Telegram próximos do PMC Wagner, como o Svyatosha Veshchayet e o DSHRG Rusich, relataram este facto.

Referem-se à batalha em In Azzraf, perto da cidade argelina de Tin Zawatin.

O canal do Telegram Svyatosha Veshchayet| Payments / State Awards for PMC Wagner publicou informações sobre a morte de Anton Elizarov, comandante supremo do Grupo Wagner, conhecido pelo nome de código “Lotus”.

Em seguida, vários outros canais do Telegram, como o BRIEF, publicaram a informação de que, segundo informações atualizadas, ele tinha sobrevivido.

Também o canal do Telegram Military Observer noticiou primeiro a sua morte, especificando a sua participação na agressão contra a Ucrânia, e mais tarde a possibilidade de ter sobrevivido.

Mais pormenores sobre ele podem ser encontrados numa investigação da comunidade Molfar OSINT, que abrange o seu serviço no exército russo, um processo judicial sobre fraude e muito mais.

O outro falecido identificado é Nikita Fedyanin, um propagandista russo e autor do canal do Telegram GRAY ZONE. A informação sobre a sua morte foi confirmada por outro propagandista russo na sua página, e o seu nome e apelido foram identificados pelo SOTA.

Foi identificado, em particular, por uma fotografia publicada no canal do Telegram DSHRG Rusich. Um vídeo online mostra um corpo identificado como o autor do canal, mas, por razões éticas, não publicaremos capturas de ecrã.

O canal do Telegram também informou sobre as perdas do grupo Wagner no Mali, onde dezenas de militantes (pelo menos 80 combatentes russos) foram mortos na batalha:

“Neste momento, de acordo com os meus dados, mais de 80 pessoas foram mortas em resultado desta operação. Mais de 15 pessoas estão em cativeiro. Trata-se dos nossos camaradas russos, soldados que representavam os interesses da Rússia”, declarou o antigo comandante do 13.º esquadrão de assalto Wagner, de apelido Rusich.

Fonte: Militarnyi, 28 de julho de 2024

Ucrânia reivindica participação na emboscada que matou agentes do grupo Wagner no Mali

A agência de segurança militar da Ucrânia alega ter estado envolvida numa operação que matou combatentes do grupo Wagner da Rússia na nação do Mali, no oeste da África, a milhares de quilómetros da linha de frente na Ucrânia, revela o jornal The Guardian.

Um canal do Telegram ligado à liderança do grupo Wagner admitiu esta segunda-feira que o grupo sofreu pesadas perdas durante os combates no Mali na semana passada. Nessa publicação dizia-se que o grupo e as forças armadas do Mali "lutaram batalhas ferozes" durante cinco dias contra uma coligação de forças separatistas tuaregues e grupos jihadistas, que usaram armas pesadas, drones e homens-bomba. Vários combatentes do Wagner, incluindo um comandante, Sergei Shevchenko, foram mortos.

Andrii Yusov, porta-voz da agência de segurança militar GUR da Ucrânia, disse, entretanto, que "os rebeldes receberam as informações necessárias que permitiram uma operação militar bem-sucedida contra criminosos de guerra russos".

Yusov não revelou se militares ucranianos estiveram envolvidos no combate ou se estavam no país. Disse que a agência “não discutirá os detalhes neste momento, mas haverá mais por vir”.

De acordo com a CNN, o ataque foi reivindicado por um grupo rebelde tuaregue juntamente com a afiliada da Al Qaeda no Sahel, JNIM (Jama'at Nusrat al-Islam wal-Muslimin). Conhecidos pela cooperação ad hoc, eles parecem ter colaborado para capturar um comboio russo. O JNIM afirmou no domingo que uma "emboscada complexa" havia destruído o comboio, matando 50 russos e vários soldados malineses, e publicou vídeos mostrando vários veículos em chamas, bem como dezenas de corpos na área. Um porta-voz do grupo militante tuaregue disse que algumas tropas malinesas e combatentes russos também foram capturados durante a batalha.

Fonte: CNN Portugal, 29 de julho de 2024

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