Trump garante que Epstein "roubou" funcionárias do seu clube privado na Florida

Tracker - Annalisa Cochrane

Questionado esta feira pela comunicação social se Virginia Giuffre, uma das mais conhecidas acusadoras de tráfico sexual de Epstein, era uma das funcionárias levadas, Trump, após hesitação, afirmou que "ele roubou-a"

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta terça-feira que terminou a amizade com Jeffrey Epstein por este ter "roubado" funcionárias do spa do seu clube privado na Florida, incluindo uma das mais conhecidas vítimas do criminoso sexual.

Depois de na segunda-feira ter justificado pela primeira vez o seu afastamento de Epstein, de quem foi amigo ao longo de décadas, Trump foi, esta terça-feira, novamente questionado pelos jornalistas a bordo do Air Force One no regresso da Escócia, adiantando que o motivo foi o criminoso sexual "levar pessoas que trabalhavam" para ele.

As mulheres, disse, foram "retiradas do spa, contratadas por ele - por outras palavras, desapareceram".

"Eu disse, ouçam, não queremos que levem o nosso pessoal", disse Trump.

Quando isso voltou a acontecer, Trump disse que baniu Epstein de Mar-a-Lago.

Questionado se Virginia Giuffre, uma das mais conhecidas acusadoras de tráfico sexual de Epstein, era uma das funcionárias levadas, Trump, após hesitação, afirmou que "ele roubou-a".


O diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, afirmou recentemente que Epstein foi expulso "por ser um pervertido".

Epstein morreu na cadeia em 2019

Epstein suicidou-se, segundo as autoridades, numa cela de prisão de Nova Iorque, em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

Em 2008, Epstein enfrentou acusações estaduais relacionadas com o abuso sexual de menores na Florida, mas chegou a um polémico acordo secreto com o Ministério Público que lhe permitiu declarar-se culpado de solicitação de prostituição e cumprir 13 meses de prisão.

A confirmação pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e o Departamento de Justiça (DOJ), no início deste mês, de que não havia provas da existência de uma "lista de clientes" chantageados por Epstein, e que a morte do pedófilo numa prisão federal em 2019 resultou de suicídio, levou a uma crise entre os membros do movimento MAGA ("Make America Great Again", "Tornar a América Grande de Novo") de Donald Trump.

Sob pressão de segmentos conspiracionistas da sua base política para divulgar mais informações sobre o caso Epstein, Trump negou o conhecimento ou o envolvimento nos crimes de Epstein e disse que terminou a amizade há anos.

Com os seus apoiantes e congressistas republicanos insatisfeitos com o que consideram ser falta de transparência sobre o caso, Trump instruiu recentemente a procuradora-geral Pam Bondi a pedir a divulgação pública das transcrições secretas do júri do processo.

Um juiz federal negou o pedido e um segundo juiz ainda não se pronunciou.

Fonte: SIC Notícias, 30 de julho de 2025

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Nem Antetokounmpo escapa a Donald Trump: "Somos igualmente gregos"