Pierrette Herzerberger-Fofana contou na abertura do debate sobre racismo como na noite anterior a polícia a encostou à parede
Pierrette Herzerberger-Fofana contou na abertura do debate
sobre racismo como na noite anterior a polícia a encostou à parede. Parlamento
Europeu vai exigir explicações às autoridades belgas.
O debate hoje no Parlamento Europeu sobre racismo - marcado
na sequência das manifestações em todo o mundo - começou com um minuto de
silêncio em memória de George Floyd. Mas o debate pedido pelo grupo Renovar a
Europa, rapidamente deixou os EUA e concentrou-se no que se passa dentro das
nossas fronteiras, onde entre estátuas derrubadas e cartazes Black Lives
Matter, os vários países discutem se são racistas ou não.
Mas valem os exemplos mais do que as teorias? A deputada dos
Verdes Pierrette Herzberger- Fofana contou um encontro na noite anterior com a
polícia belga, à saída da Gare du Nord, em Bruxelas, no qual também ela foi
vítima de violência policial.
Depois de ter filmado agentes que interpelavam
agressivamente dois jovens negros, a deputada alemã contou que foi empurrada
contra a parede. De seguida, quatro agentes tentaram tirar-lhe violentamente o
telemóvel e, disse: “Não acreditaram que eu era deputada, mesmo quando lhes
mostrei o meu cartão do Parlamento Europeu”. Os agentes belgas pediram de
seguida que mostrasse o cartão de residente na Bélgica. Originária do Mali, e
com cidadania alemã, Pierrete Herzeberger-Fofana, 71 anos, é uma das poucas
eurodeputadas negras, numa instituição maioritariamente branca. A sua
intervenção suscitou uma ovação em pé dos colegas presentes e o presidente do
PE, David Sassoli, disse que iria exigir explicações às autoridades belgas.
Fonte: Luxemburger Wort
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