"Não reconheço o conceito de folga orçamental": Centeno quer dívida a descer ainda mais depressa (e apoios seletivos às famílias)
No dia em que o Governo apresentou um pacote de 2,5 mil
milhões de euros de para apoiar as famílias por causa da inflação, após se
saber que o défice de 2022 ficou nos 0,4% do PIB, o governador do Banco de
Portugal sublinha que a dívida pública deve continuar a descer - e mais
depressa. Ajudas públicas devem ser muito cirúrgicas
A
economia portuguesa teve em 2022 "provavelmente o segundo melhor ano em
termos de ciclo económico deste século, apenas atrás de 2019".
A frase é de Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e foi dita na tarde
desta sexta-feira, em Lisboa, na apresentação do Boletim Económico de março,
onde a instituição reviu em alta o cenário de crescimento da economia
portuguesa em 2023 para os 1,8%.
Num país com elevada dívida pública como Portugal, a dívida
pública é para continuar a descer - e mais depressa - e os apoios do Estado
devem ser muito direcionados, apenas às franjas mais necessitadas da população,
volta a sublinhar Centeno, no dia em que o Governo anunciou um pacote de ajudas
na ordem dos 2,5 mil milhões de euros.
Fonte: Expresso, 24 de março de 2023
Não existe o conceito de folga orçamental, como cintilava
o Ronaldo das Finanças no brilharete dos 500 milhões de euros de superavit. O que
existe é o conceito de adiamanto do pagamento de contas.
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