Relatório da ONU revela dezenas de execuções sumárias de prisioneiros de guerra russos e ucranianos

Um relatório divulgado esta sexta-feira pelo gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos documenta dezenas de casos de execuções sumárias de prisioneiros de guerra russos e ucranianos desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Segundo a CNN Internacional, o relatório documenta a execução de 15 prisioneiros de guerra ucranianos pelas forças russas, além de estes serem usados como escudos humanos, e ainda a morte de dois detidos devido a falta de cuidados médicos e tortura. A ONU assinala ainda que é mais difícil obter informação da Rússia ou dos territórios ocupados pelos russos do que das autoridades ucranianas.

Entre os casos documentados, assinala a CNN Internacional, estão os de um agente da Guarda Nacional da Ucrânia, que foi torturado e executado por recusar dar uma palavra-chave de entrada numa estação de rádio em Mariupol, ou o de um soldado ucraniano ferido que foi baleado no peito e na cabeça depois de ser capturado pelos mercenários do grupo Wagner numa aldeia a sul de Bakhmut.

"Execuções sumárias e ataques contra prisioneiros de guerra e pessoas foram de combate são proibidos ao abrigo da lei internacional e, quando deliberados, constituem crimes de guerra", assinala o documento, que salienta ainda a falta de cooperação dos russos com os investigadores da ONU.

Do lado ucraniano, o relatório indica que foi possível recolher dados sobre pelo menos 25 execuções de prisioneiros de guerra russos. E detalha o incidente em março de 2022 na região de Lugansk, quando alguns membros de grupos armados com relações com a Rússia terão sido mortos por recusarem verbalizar a soldados ucranianos a intenção de se renderem.

Fonte: CNN Portugal, 24 de março de 2023

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