Victoria Nuland
Durante a Revolta do Maidan na Ucrânia, Nuland fez aparições
apoiando os manifestantes. Em dezembro de 2013, ela disse em um
discurso para a Fundação EUA-Ucrânia que os EUA tinham gastado cerca de 5 mil milhões
de dólares em programas de construção da democracia na Ucrânia desde 1991. O
governo russo aproveitou esta declaração, alegando que era uma evidência de que
os EUA estavam orquestrando uma revolução.
Em 4 de fevereiro de 2014, uma gravação de um telefonema
entre Nuland e o embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, a 28
de janeiro de 2014, foi publicada no YouTube. Nuland e Pyatt estavam discutindo
quem eles achavam que deveria ou não estar no próximo governo ucraniano e emitindo
a sua opinião sobre várias figuras políticas ucranianas. Nuland disse a Pyatt
que Arseniy Yatsenyuk seria o melhor candidato para se tornar o próximo
primeiro-ministro da Ucrânia. Nuland sugeriu que as Nações Unidas, e não a
União Europeia, deveriam estar envolvidas numa solução política, acrescentando
"que se foda a UE".
No dia seguinte, Christiane Wirtz, vice-porta-voz do governo
e vice-chefe do Gabinete de Imprensa e Informação do governo federal alemão,
afirmou que a chanceler alemã Angela Merkel classificou a observação de Nuland
como "absolutamente inaceitável".
Van Rompuy, condenou a observação como "inaceitável".
O porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, disse que a discussão não era evidência de
nenhum plano americano para influenciar o resultado político, observando
que "não deveria ser uma surpresa que em algum momento tenha havido
discussões sobre eventos e ofertas recentes e o que está acontecendo no terreno".
Nuland foi a principal representante dos EUA para a
Revolução da Dignidade da Ucrânia, estabelecendo garantias de empréstimo para a
Ucrânia, incluindo uma garantia de empréstimo de mil milhões de dólares em 2014
e as provisões de assistência não letal aos militares e guardas de fronteira
ucranianos. Junto com o secretário de Estado John Kerry e o secretário de
Defesa Ash Carter, ela é vista como uma das principais apoiantes da entrega de
armas defensivas à Ucrânia. Em 2016, Nuland exortou a Ucrânia a começar a
processar funcionários corruptos: "É hora de começar a prender pessoas
que roubaram a população ucraniana durante muito tempo e é hora de erradicar o cancro
da corrupção". Enquanto atuava como principal diplomata do
Departamento de Estado na crise da Ucrânia, Nuland pressionou os aliados europeus a adotarem
uma postura mais dura em relação ao expansionismo russo.
Durante uma audiência do Comité de Relações Exteriores do
Senado em 7 de junho de 2016 intitulada "Violações russas de fronteiras,
tratados e direitos humanos", Nuland descreveu a aproximação diplomática
dos EUA à ex-União Soviética e os esforços para construir um relacionamento
construtivo com a Rússia. Durante seu depoimento, Nuland observou que a
intervenção russa na Ucrânia em 2014, "quebrou todas as ilusões
remanescentes sobre a disposição deste Kremlin de cumprir o direito
internacional ou viver de acordo com as regras das instituições às quais a
Rússia se juntou no final da Guerra Fria.”
Fonte: Wikipédia
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