Republicanos saúdam fim da discriminação positiva nas universidades dos EUA
Vários dirigentes Republicanos e organizações conservadoras
dos EUA, encabeçados pelo ex-Presidente Donald Trump, saudaram hoje a decisão
do Supremo Tribunal de acabar com os programas de discriminação positiva nas
universidades.
“Hoje é um grande dia para a América. Vamos voltar a um
sistema totalmente baseado no mérito. É assim que deve ser!”, escreveu o
ex-presidente na rede social Truth Social.
Trump acrescentou que esta decisão do Supremo Tribunal
também permitirá aos Estados Unidos "permanecer competitivos no resto do
mundo”, alegando que “as mentes mais brilhantes devem ser bem tratadas”.
O
Supremo Tribunal dos Estados Unidos colocou hoje fim aos programas de
discriminação positiva nas universidades, rejeitando a possibilidade de haver
quotas de compensação para algumas minorias.
A maioria de seis magistrados conservadores (alguns
indicados por Trump) considerou inconstitucionais, contra a opinião dos três juízes
progressistas, os procedimentos de admissão nas universidades pela cor da pele ou pela
origem étnica dos candidatos.
Também em reação a esta decisão judicial, o líder da maioria
Republicana na Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, disse que o Supremo
Tribunal passa agora a permitir que os alunos "compitam com base em
padrões iguais e no mérito individual", defendendo que isso "tornará
o processo de admissão nas universidades mais justo".
Por sua vez, o líder da minoria Republicana no Senado, Mitch
McConnell, disse que "a discriminação racial não deve ter lugar na
admissão às universidades".
"A decisão de hoje deixa claro que as universidades não
podem continuar a discriminar estudantes brilhantes e ambiciosos com base na
cor da pele", explicou McConnell num comunicado.
O governador da Florida e candidato às primárias
Republicanas para a corrida à Casa Branca no próximo ano, Ron DeSantis,
defendeu que a decisão do Supremo Tribunal manteve o espírito da Constituição
"e acabou com a discriminação por parte das universidades".
A ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas e também
candidata às primárias Republicanas, Nikki Halley, elogiou a decisão, dizendo
que "ajudará todos os alunos, independentemente de sua origem, a ter
uma oportunidade melhor de alcançar o sonho americano".
Também a organização conservadora America First Legal,
presidida por Stephen Miller, um amigo próximo de Donald Trump, saudou
esta decisão, alegando que se trata de "uma vitória histórica para uma
melhor justiça na América".
Fonte: Lusa, 29 de junho de 2023
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