Vice-presidente de banco russo morre depois de cair da janela do seu apartamento em Moscovo



Dias depois de a magnata Kristina Baikova, vice-presidente do Loko-Bank, cair do 11º andar de um prédio em Moscovo, a polícia russa abriu um inquérito para apurar as circunstâncias. A morte de Kristina é mais recente de uma série de óbitos misteriosos de pessoas ricas - algumas delas bilionárias - desde que a Rússia invadiu a Ucrânia e tornou-se alvo de sanções económicas.

De acordo com o site "The Insider", Kristina, de 28 anos, caiu da janela de um apartamento situado no Khodynsky Boulevard, durante a noite, e não resistiu aos ferimentos. A executiva estava no imóvel com um amigo, identificado como Andrei, de 34 anos.

Mortes misteriosas

Em dezembro do ano passado, Pavel Antov morreu após cair da varanda do quarto onde estava hospedado na Índia. Ele tinha uma fortuna estimada em 17 300 000 euros e era crítico ao governo do presidente Vladimir Putin pela invasão da Ucrânia.

Yuri Voronov, de 61 anos, foi encontrado morto na sua casa, nos arredores de São Petersburgo. Ele estava ligado à Gazprom, empresa estatal da área de energia. O corpo de Voronov estava a boia na piscina, com um tiro na cabeça. Uma pistola foi encontrada no local, assim como cápsulas de munição deflagradas, segundo a imprensa russa. A residência de alto padrão fica localizada no distrito de Vyborgsky.

Ex-vice-presidente da empresa de gás natural Novatek, Sergei Protosenya, de 55 anos, foi encontrado morto na sua mansão na Catalunha, na Espanha, ao lado dos corpos da sua mulher, Natalya, e filha, Maria. A suspeita da polícia espanhola é de que o homem tenha esfaqueado as duas e depois se enforcado no jardim da residência. Segundo órgãos de imprensa locais, o corpo de Protosenya não tinha traços de sangue e uma carta de suicídio não foi encontrada pelas autoridades. A fortuna do executivo era estimada em 374 milhões de euros.

Em Moscovo, menos de 24 horas depois da morte Protosenya e sua família, o também multimilionário Vladislav Avayev, de 51 anos, foi encontrado morto com sua mulher e a filha de 13 anos. A morte é similar à de Protosenya: Avayev teria matado a família com uma pistola e depois cometido suicídio.

Em São Petersburgo, Leonid Schulman, de 60 anos, que ocupava o cargo de diretor da Gazprom, foi encontrado morto na banheira da sua casa. A morte de Schulman foi a primeira ligada à Gazprom. Segundo a empresa, ele tinha tirado uma licença para tratar de problemas de saúde.

Fonte: Globo, 29 de junho de 2023

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