Telegramas divulgados revelam que os EUA pressionaram a Espanha para arquivar o caso do operador de câmara morto em 2003 num ataque a jornalistas em Bagdade

Telegramas da embaixada dos EUA em Madrid que foram divulgados revelam que os Estados Unidos pressionaram o governo espanhol a arquivar um processo judicial apresentado pela família de um operador de câmara espanhol, José Couso. Couso e o cameraman da Reuters, Taras Protsyuk, foram mortos em Bagdade quando um tanque do exército americano disparou contra o Hotel Palestina, que estava cheio de jornalistas, a 8 de abril de 2003. Três soldados americanos foram acusados em tribunal espanhol pela morte de Couso. "Estou indignado", diz Javier Couso, irmão de José Couso. "Não acredito que o meu governo tenha conspirado com um governo estrangeiro... Parece que somos cidadãos, ou pelo menos uma pequena província, do império dos Estados Unidos."

Os tribunais espanhóis encerraram por duas vezes o caso contra os três soldados americanos, mas um juiz do Tribunal Superior ordenou a sua prisão e extradição em julho.

Uma investigação militar dos EUA inocentou os três homens de qualquer irregularidade. Os soldados dizem que atiraram, porque pensaram ter visto um “spotter” guiando o fogo hostil.

Fonte: Democracy Now, 1 de dezembro de 2010

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