Von der Leyen quer "decisões audazes e coragem política" para defesa europeia


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Ursula von der Leyen anunciou que durante a próxima semana a Comissão vai apresentar um conjunto de propostas para a primeira estratégia industrial de defesa europeia.

A presidente da Comissão Europeia pediu esta quarta-feira “decisões audazes e coragem política” para construir uma União Europeia de defesa, considerando que nos últimos dois anos desapareceu a “ilusão de que a paz é permanente”.

“Nos últimos anos, as ilusões de muitos europeus estilhaçaram-se. A ilusão de que a paz é permanente. A ilusão de que a prosperidade económica pode interessar mais a Putin do que a destruir uma Ucrânia democrática e livre. A ilusão de que a Europa por si só está a fazer o suficiente em matéria de segurança”, disse Ursula von der Leyen, no início de um debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França).

Perante os eurodeputados, von der Leyen disse que a União Europeia (UE) está a olhar para uma “liga de autoritários”, que têm como ambição perturbar os países democráticos: Rússia, Coreia do Norte e Irão.

“Precisamos de começar a olhar para o futuro da arquitetura de segurança europeia. Em todas as suas dimensões e com toda a celeridade e vontade política que é requerida”, acrescentou a presidente do executivo comunitário.

E deixou um pedido a todos os países da UE: “A Europa tem de gastar mais, gastar melhor, gastar europeu. Nas próximas semanas, apresentaremos algumas propostas com a primeira Estratégia Europeia de Defesa Industrial. Um dos objetivos centrais da estratégia será dar prioridade às aquisições conjuntas no sector da defesa".

“Dar este passo em conjunto em matéria de defesa não vai ser fácil, vai requerer decisões audazes e coragem política. E vai requerer, acima de tudo, uma mentalidade europeia de defesa, das instituições à indústria e investidores”, completou.

Fonte: CNN Portugal, 28 de fevereiro de 2024

Os líderes europeus acordam para a nova menina bonita da economia: a indústria do armamento. A reboque, o PIB americano sobe 3,1% em 2023. De braços cruzados, o PIB alemão cresce 0,2% em 2023. Talvez agora o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner, se alegre um pouco. Previa-se ele como a nova menina bonita da Europa, depois do Schäuble, lutando contra a alteração da regra de redução da dívida, exigindo austeridade mais os holandeses. Em vez, Putin rouba-lhe o protagonismo mediático que lhe era devido e isso reflete-se na sua performance.

Quando um homem perde a capa do Der Spiegel nunca mais se recompõe.

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