Ronald Wayne, o esquecido cofundador da Apple que vendeu por 800 dólares ações que hoje valem 320 milhões
Alfred
Hitchcock Presents / Maria - Nita Talbot
Apesar da sua passagem pela empresa ter sido bastante curta,
Wayne deixou várias marcas: desenhou o primeiro logotipo da Apple e criou o
primeiro manual de instruções do Apple I. Os 10% que tinha na Apple valeriam
hoje 320 milhões de dólares.
Steve Jobs e Steve Wozniak, os ‘Steves’, são conhecidos como
os fundadores da Apple. No entanto, havia um terceiro elemento, cuja história e
papel na empresa é pouco conhecido: Ronald Wayne é o cofundador que deixou a
empresa muito antes de esta ser uma das mais valiosas do mundo.
Apesar da sua passagem pela empresa ter sido bastante curta, Wayne deixou várias marcas para serem lembrados: foi o responsável pelo desenho do primeiro logotipo da empresa,
aquele que representava Isaac Newton a ler um livro, e também o primeiro manual de instruções do Apple I. O esquecido cofundador da Apple vendeu suas ações por 800 dólares. Hoje, os 10% que detinha na Apple teriam valido 320 milhões de dólares.
Wayne, que aos 90 anos ainda mora em Pahrump, era mais velho
que Jobs e Wozniak, e tinha experiência no mundo dos videojogos e no sector
aeroespacial. Mas Wayne nunca confiou totalmente na Apple e, na verdade, nunca
deixou a Atari, empresa para a qual trabalhava há três anos.
Existiam duas dúvidas que o assombravam. Por um lado, quando
Jobs conseguiu permitir que a Apple comprasse os materiais necessários parcelarmente
e, por outro lado, entregasse 50 computadores na conta, Wayne temia que o
comprador não pagasse em dia e os credores da Apple exigissem dele a conta.
Jobs e
Woz eram jovens e com pouco dinheiro, e Wayne percebeu que não tinham nada a
perder. Pelo contrário, Wayne tinha casa, carro e outros bens. Wayne temia que
qualquer dívida acumulada pela Apple acabasse por recair sobre ele.
E por outro lado, a própria experiência empresarial também
pesou sobre Wayne, já que a empresa fabricante que tinha fundado em 1971 faliu
no primeiro ano de operação.
Fonte: O Jornal Económico, 29 de julho de 2024
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