Ataques aéreos israelitas atingem a cidade libanesa de Baalbek, Património Mundial da UNESCO
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Os habitantes de Baalbek e das cidades vizinhas de Douris e
Ain Bourday foram retirados em massa e dirigiram-se para as estradas do norte
de Baalbek-Zahle e Baalbek-Ainata-Arz, segundo informou a Agência Nacional
de Notícias, com imagens dos meios de comunicação social locais a mostrarem
um tráfego intenso ao longo dessas estradas.
A retirada de cidadãos aconteceu logo após os avisos de
evacuação israelitas para toda a cidade libanesa de Baalbek, que acabou por ser
bombardeada horas mais tarde.
Entre a área afetada pelos avisos israelitas está o antigo
complexo de templos romanos, classificado como Património Mundial da UNESCO.
Nas redes sociais, a organização mostrou preocupação com a
vulnerabilidade das estruturas, reafirmando que todos "têm obrigação de
respeitar e proteger" estes locais.
Numa publicação nas suas redes sociais, o governador local,
Bachir Khodr, exortou os residentes a evitarem procurar refúgio nos templos
romanos da cidade.
Em vez disso, aconselhou-os a dirigirem-se para um de dois
destinos: Arsal, uma cidade na província de Baalbek a cerca de 30 km da cidade
ou para a província do Norte.
No dia
mais mortífero do ano na região, mais de 60 pessoas foram mortas em
várias cidades em redor de Baalbek, na sequência de múltiplos ataques aéreos
israelitas durante a noite de terça-feira.
A 6 de outubro, um ataque israelita atingiu apenas centenas
de metros da antiga cidadela, que alberga dois dos maiores templos romanos do
mundo.
Esta quarta-feira, o exército afirmou estar a atacar
depósitos de combustível para impedir o movimento de armas e artilharia
provenientes do Irão, sem apresentar provas dessa atividade.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew
Miller, afirmou que Israel tem a responsabilidade de proteger as
infraestruturas civis e os locais de património cultural.
Segundo o ministério da Saúde libanês, mais de 2 790 pessoas
morreram e 12 700 ficaram feridas no Líbano desde 8 de outubro de 2023, data em
que o Hezbollah começou a lançar foguetes contra Israel.
O conflito agravou-se fortemente no mês passado, quando as
forças terrestres israelitas invadiram o sul do Líbano. De acordo com as
estimativas do governo, cerca de 1,2 milhões de libaneses foram deslocados
devido ao conflito.
Líder do Hezbollah disposto a falar em cessar-fogo mediante
condições "adequadas"
O recém-nomeado líder do Hezbollah, Naim Kassem, afirmou nos
seus primeiros comentários públicos, transmitidos estas quarta-feira, que o
grupo militante continuará a lutar na guerra contra Israel até que lhe sejam
oferecidas condições de cessar-fogo que considere aceitáveis.
“Se os israelitas decidirem parar a agressão, dizemos que
aceitamos, mas de acordo com as condições que consideramos adequadas”, disse
Kassem, a partir de um local não revelado, num discurso pré-gravado na
televisão. “Não vamos implorar por um cessar-fogo, pois continuaremos
(a lutar)... não importa quanto tempo leve”.
O discurso foi proferido numa altura em que os mediadores
internacionais lançaram um novo impulso para negociar o cessar-fogo no Líbano e
em Gaza.
Os Estados Unidos e outros mediadores estão a intensificar
os esforços para travar as guerras nos dois territórios, fazendo circular novas
propostas para acabar com o conflito regional durante os últimos meses da
administração Biden.
Os altos funcionários da Casa Branca, Brett McGurk e Amos
Hochstein, devem visitar Israel na quinta-feira para conversações sobre
possíveis cessar-fogos no Líbano e em Gaza, e a libertação de reféns detidos
pelo Hamas. O diretor da CIA, Bill Burns, deslocar-se-á ao Egito para discutir
esses mesmos esforços.
Fonte: Euronews, 30 de outubro de 2024
Que os democráticos aceitem que o povo escolhido mate árabes é aceitável, são seus inimigos, exerce o direto de autodefesa, mas permitir que destrua cidades históricas já é outro patamar, estão a autorizar uma limpeza cultural para que no final fique apenas um povo.
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