Chefe da diplomacia dos EUA avisa que Trump quer mesmo comprar a Gronelândia
Pirates of
the Caribbean: On Stranger Tides (2011) - Sam Claflin, Astrid Bergès-Frisbey,
Ian Mercer, Ian McShane
"Não
é uma brincadeira", assegurou o novo chefe da diplomacia dos EUA. "O
Presidente Trump deixou claro o que pretende fazer, que é comprar",
adiantou Marco Rubio
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, avisou
esta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald
Trump, está a falar a sério quando afirma que pretende comprar o território
autónomo dinamarquês da Gronelândia.
“Não é uma brincadeira”, assegurou o chefe da diplomacia de
Washington num programa de rádio SiriusXM, acrescentando que “o presidente
Trump deixou claro o que pretende fazer, que é comprar”. Segundo Rubio, “não se trata de adquirir terras por adquirir terras”,
mas do “interesse dos Estados Unidos e a questão deve ser resolvida”,
insistindo que “não é uma piada”.
Donald Trump, que tomou posse em 20 de janeiro para um novo
mandato na Casa Branca, disse que a Dinamarca, aliada da NATO, acabará por
recuar em relação à Gronelândia, embora Copenhaga reafirme que o território
autónomo e rico em recursos não está à venda.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou
na terça-feira ter recebido “um apoio muito forte” dos seus homólogos europeus
durante a sua viagem pela Europa, face aos objetivos de Trump. Rubio manifestou ainda a preocupação de que a China, que tem também
ambições no Ártico, possa ganhar terreno na Gronelândia.
“É bastante realista pensar que os chineses acabarão, talvez
até a curto prazo, por tentar fazer com a Gronelândia o que fizeram com o Canal
do Panamá e outros locais”, declarou o secretário de Estado, referindo-se à
intenção do Presidente norte-americano de assumir o controlo daquela
infraestrutura vital para o comércio global.
Donald Trump disse pela primeira vez que queria comprar a
Gronelândia em 2019, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, uma oferta
que tanto o território autónomo como a Dinamarca rejeitaram. Esta ilha ártica
com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo)
conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.
Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece
o direito à autodeterminação. Os EUA mantêm uma
base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre
Copenhaga e Washington.
Fonte: ECO, 30 de janeiro de 2025
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