Trump responsabiliza políticas de "diversidade" Obama e Biden pelo desastre de avião nos EUA
Pirates of
the Caribbean: On Stranger Tides (2011) - Ian McShane
O presidente norte-americano, Donald Trump, criticou hoje as
políticas dos seus antecessores democratas, Barack Obama e Joe Biden, de contratação de controladores aéreos ao abrigo de medidas de "diversidade e
inclusão", após o desastre de aviação em Washington.
“Eu dei prioridade à segurança. Obama, Biden e os democratas
colocaram a política em primeiro lugar”, declarou o presidente norte-americano
numa conferência de imprensa na Casa Branca.
Criticou ainda a Administração Federal de Aviação (FAA) por contratar
“trabalhadores com deficiências intelectuais graves, problemas psiquiátricos e
outras condições mentais e físicas no âmbito de uma iniciativa de contratação
de diversidade e inclusão”.
O republicano frisou que os controladores aéreos devem ser
“alguém intelectualmente superior"
e criticou os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), que já
desmantelou por ordem executiva.
O presidente norte-americano anunciou ainda que irá nomear imediatamente Chris Rocheleau, um
veterano de 22 anos da FAA, para o cargo de administrador da organização
federal, que deverá ser confirmado pelo Senado de maioria republicana antes de
assumir o cargo.
Donald Trump sublinhou que o desastre que envolveu o avião
da companhia American Airlines e o helicóptero militar no aeroporto Ronald
Reagan, causando a morte de 67 pessoas, assinala uma “hora de angústia” para os
Estados Unidos (EUA), após ter confirmando que, “infelizmente, não há
sobreviventes”.
“Foi uma noite escura e penosa na capital da nossa nação e
na nossa história, uma tragédia de proporções terríveis. Como nação, choramos
por todas as almas preciosas que nos foram tiradas”, lamentou Trump.
O chefe de Estado salientou igualmente que o desastre
“abalou muitas pessoas”, incluindo famílias estrangeiras cujos cidadãos se
encontravam a bordo do avião, e apresentou as suas condolências e as da
primeira-dama às famílias das vítimas.
“Somos uma família e hoje estamos todos de coração partido.
Procuramos respostas naquele Potomac gelado. Era
uma noite fria, água fria. Estamos devastados pela dor de tantos que
pereceram tragicamente e que já não estarão connosco”, disse o presidente.
Um avião da companhia American Airlines que transportava 60
passageiros e quatro tripulantes colidiu na noite de quarta-feira com um
helicóptero do exército onde iam a bordo três soldados, durante a aterragem no
aeroporto Ronald Reagan, perto de Washington, dando início a uma grande
operação de busca e salvamento no Rio Potomac, onde caíram as aeronaves.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos
declarou que o acidente ocorreu por volta das 21:00 de quarta-feira, no horário
local (02:00 de hoje em Lisboa).
O chefe dos bombeiros de Washington afirmou hoje que foram
recuperados os corpos de 28 passageiros a bordo do avião da American Airlines.
Um grupo de patinadores artísticos, os seus treinadores e
familiares viajavam no avião da American Airlines, de acordo com a Federação de
Patinagem Artística dos Estados Unidos (U.S. Figure Skating), acrescentando que
o grupo estava a regressar de um evento em Wichita, no Kansas.
O presidente norte-americano confirmou que já foram feitos
contactos com a Rússia no sentido de repatriar as vítimas russas.
“Já estivemos em contacto com a Rússia e a resposta é sim.
Vamos facilitar [o repatriamento]”, afirmou o presidente norte-americano,
apesar de admitir ainda não ter falado com o presidente russo, Vladimir Putin,
sobre o acidente.
Apesar de não serem ainda conhecidas as causas da colisão, o
presidente dos EUA assegurou ter "opiniões e ideias muito fortes” sobre as
suas origens e garantiu que um desastre semelhante não se voltará a repetir.
O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais controlados e
monitorizados do mundo, a pouco mais de cinco quilómetros a sul da Casa Branca
e do Congresso norte-americano.
Fonte: Lusa, 30 de janeiro de 2025
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