Candidato pró-russo que venceu primeira volta das presidenciais na Roménia levado para interrogatório
Perry Mason (1957-1966) - Yvonne Craig
A polícia romena deteve esta quarta-feira Călin Georgescu, o
candidato pró-Rússia que venceu as eleições presidenciais da Roménia em
novembro e cuja votação foi anulada logo a seguir, por suspeitas de influência
russa.
“Călin Georgescu iria apresentar a sua nova candidatura à
Presidência. Há cerca de 30 minutos, o sistema parou-o no trânsito e ele foi
detido para ser interrogado na Procuradoria-Geral da República. Onde está a
democracia, onde estão os aliados que devem defender a democracia?”, pode
ler-se numa publicação na conta oficial do candidato.
Em causa, de acordo com a estação televisiva romena Antena
3 CNN, estão suspeitas relacionadas com o financiamento da campanha
eleitoral do candidato pró-russo para as presidenciais do ano passado.
De acordo com a estação televisiva romena Digi24, os
procuradores emitiram um mandado de captura sobre Georgescu e investigaram os
seus funcionários mais próximos, incluindo o seu guarda-costas e o líder
mercenário Horatiu Potra.
Em comunicado citado pela imprensa local, que não menciona o
nome de Georgescu, os procuradores suspeitam que 27 pessoas agiram contra a
Constituição da Roménia, estando em causa crimes como incitamento à desordem
pública, criação de uma organização fascista e falsas declarações sobre as
fontes de financiamento de uma campanha eleitoral.
Posteriormente, o próprio Georgescu sugeriu que as buscas
têm como objetivo bloquear a sua nova candidatura à Presidência.
A Roménia mergulhou no caos político no final do ano
passado, quando Georgescu, candidato pró-russo e cético da NATO, ganhou a
primeira volta das presidenciais e deveria enfrentar a reformista Elena Lasconi
na segunda volta.
O Tribunal Constitucional decidiu anular a primeira volta
das eleições, suspeitas de interferência da Rússia para influenciar os
resultados.
As novas eleições estão marcadas para 4 de maio, estando a
segunda volta prevista para 18 de maio, duas semanas mais tarde.
Fonte: CNN Portugal, 26 de fevereiro de 2025
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