Atlantic. A revista que Trump adora desprezar
The Night
Manager – Elizabeth Debicki
“Não sou grande fã da Atlantic. Para mim, é uma
revista que está à beira da falência.” Esta foi a primeira reação do presidente
norte-americano ao Signalgate, a polémica que estalou nos últimos dias: quando
o diretor daquela publicação criticada por Donald Trump, Jeffrey Goldberg, foi
convidado para uma conversa de grupo na plataforma de mensagens instantâneas
Signal, destinada a discutir os planos para bombardear alvos dos Houthis no
Iémen.
Apesar de ser um líder que dá grande importância à sua presença mediática, Donald Trump nunca se inibiu de criticar os órgãos de comunicação social dos EUA. Aliás, o presidente norte-americano tem vários alvos. Um deles é, sem dúvida, a Atlantic. A 17 de março, mesmo antes do Signalgate, o chefe de Estado já insultava a revista que é propriedade de Laurene Powell Jobs, a viúva de Steve Jobs, fundador da Apple. “A Atlantic está a dar-se muito mal, a perder uma fortuna, e felizmente vai desaparecer num futuro não muito distante. Não tem qualquer credibilidade e seria melhor, em termos jornalísticos, acabar”, atacou o líder dos EUA na Truth Social.
O Signalgate motivou não só ataques mais duros à revista,
como também ao diretor da revista. Jeffrey Goldberg, que assinou vários artigos
ao longo dos anos a denunciar falhas cometidas pelo presidente norte-americano
— e que foi convidado para o grupo —, tornou-se o principal alvo da
administração Trump. O jornalista é acusado de ser “escumalha”,
“um falhado” e “um mentiroso”.
Fonte: Observador, 30 de março de 2025
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