Trump despede marido de Kamala Harris
Doctor
Odyssey – Joshua Jackson, Adrianne Palicki
Doug Emhoff, marido de Kamala Harris, era membro do Conselho
do Museu de Memória do Holocausto do governo norte-americano. Agora, é mais um
dos vários funcionários nomeados por Joe Biden que foram despedidos pela
Administração Trump.
A demissão foi anunciada na rede social X pelo próprio Emhoff,
que é judeu
e tinha sido nomeado em janeiro para o Conselho — um órgão composto por
63 membros, sendo que 55 deles são nomeados pelo presidente dos EUA.
“Hoje [esta terça-feira], fui informado do meu afastamento
do Conselho do Museu dos EUA de Memória do Holocausto”, revelou o antigo membro
da direção.
“A memória e a educação sobre
o holocausto nunca devem ser politizadas. Transformar uma das piores
atrocidades da história numa questão de disputa é perigoso — e desonra a
memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazis, que este museu foi
criado para preservar”, disse ainda Emhoff, que- promete não desistir de
combater a discriminação contra judeus.
“Nenhuma decisão política divisiva abalará o meu
empenhamento na memória e educação sobre o Holocausto ou no combate ao ódio e
ao antissemitismo. Continuarei a falar, a educar e a combater o ódio em todas
as suas formas porque o silêncio nunca é uma opção”, acrescentou.
Emhoff não foi o único a ser
afastado esta terça feira. Na verdade, o New York Times conta
que pelo menos quatro outros membros do Conselho do Museu receberam um e-mail a
informar que o seu cargo tinha sido “extinto, com efeitos imediatos”.
Todos foram nomeados por Joe Biden, incluindo antigos
conselheiros, membros da Casa Branca e até do governo durante as presidências
de Biden e Obama.
Tom Perez, antigo conselheiro e secretário para o Trabalho
de Barack Obama, faz parte da lista. “Este é um dia triste porque a nossa
missão no Conselho sempre foi apartidária”, comentou Perez ao NYT.
A direção de outra instituição cultural que pertence ao
Governo Federal norte-americano: o Kennedy Center, já tinha sido despedida em
fevereiro. O centro tinha antes uma direção bipartidária, mas Trump preferiu
uma direção “não-woke”.
Fonte: Observador, 29 de abril de 2025
O holocausto é uma cerimónia religiosa, não um facto histórico. Morreram muitos mais que seis milhões de judeus, que são propositadamente esquecidos numa simplificação grosseira para erigir uma ideologia e métodos de chantagem de um povo sobre os outros.
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