Musk recusa responder a pergunta sobre consumo de drogas na campanha eleitoral
Perry Mason (1957-1966) – Jacqueline Scott
O multimilionário Elon Musk recusou hoje responder a uma
pergunta sobre um artigo The New York Times que o acusa de ter consumido
todo o tipo de drogas durante a campanha eleitoral do atual presidente, Donald
Trump.
“O New York Times é a mesma publicação que ganhou um prémio Pulitzer por notícias falsas sobre o Russiagate?”, ripostou Musk, questionado sobre o tema durante uma conferência de imprensa, ao lado de Trump, numa referência às alegações de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.
Musk, que na quarta-feira anunciou a sua saída do
Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), garantiu que continuará a ser
um “amigo e conselheiro” do chefe de Estado norte-americano.
“Se houver algo que o presidente queira que eu faça, estou
ao seu dispor”, afirmou, sublinhando que a equipa do DOGE “está a fazer um
trabalho incrível”.
“Este não é o fim do DOGE, mas sim o início”, acrescentou o
empresário, manifestando a expectativa de que,
“com o tempo”, se possam alcançar cortes na despesa pública na ordem
de mil milhões de dólares, uma promessa que, porém, não conseguiu cumprir.
Donald Trump, por sua vez, defendeu que Musk teve de exercer
o seu papel “contra ventos e marés”.
“É uma pena, porque é um patriota extraordinário. A boa notícia é que 90% do país sabe disso,
valoriza e aprecia verdadeiramente o que ele fez”, declarou Trump.
O presidente norte-americano não poupou elogios ao fundador
da Tesla, dizendo que este suportou “abusos, calúnias, mentiras e ataques
escandalosos”.
“Ele mudou mesmo a forma de
pensar de muita gente”, frisou Trump, garantindo ainda que Musk “não
está a sair do Governo”, mas sim que “vai e vem”.
O empresário sul-africano anunciou, na quarta-feira, o fim
da sua passagem como “funcionário especial do governo” dos Estados Unidos,
apenas um dia depois de ter manifestado “desilusão” com a proposta de reforma
fiscal apresentada por Trump, por considerá-la insuficiente.
Fonte: O Jornal Económico, 30 de maio de 2025


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