Trump acusa China de violar acordo comercial com Estados Unidos
O.P.J.
Pacific Sud (2019) - Yaëlle Trules, Hindra Armède
O presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou hoje a China de violar o acordo
comercial assinado com os Estados Unidos para reduzir as elevadas tarifas
impostas por Washington
"Fiz um acordo rápido
com a China para os salvar do que pensava que seria uma situação muito má, e
não queria que isso acontecesse. Graças a este acordo, tudo estabilizou
rapidamente e a China voltou ao normal (...)
A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, violou totalmente
o acordo connosco", denunciou Trump, numa mensagem na rede Truth Social.
O presidente não explicou como a China terá violado o acordo
alcançado duas semanas antes, o segundo que o governo norte-americano realizou
com um governo estrangeiro na sequência da imposição de tarifas globais, após o
alcançado com o Reino Unido.
"Há duas semanas, a China corria um grave perigo
económico. As tarifas elevadíssimas que impus
tornaram praticamente impossível à China negociar com o mercado norte-americano, que é de longe o número
um do mundo", recordou Trump.
Segundo o presidente norte-americano, o efeito das tarifas
"foi devastador" para a China.
As duas potências económicas concordaram com uma trégua na
guerra comercial, que viu as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses
reduzidas de 145% para 30%, enquanto Pequim reduziu as suas tarifas sobre
Washington de 125% para 10%.
Já hoje, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott
Bessent, tinha dito que as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a
China estão estagnadas e que os líderes dos dois países devem intervir.
Questionado no canal Fox News sobre o estado das
conversações para chegar a um acordo comercial, após a escalada de tarifas
iniciada pelo presidente norte-americano, Bessent disse que estão “um pouco
estagnadas”, mas que haverá novos contactos “nas próximas semanas”.
O responsável afirmou que “a dada altura” haverá uma chamada
telefónica entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo
chinês, Xi Jinping, acrescentando que face à complexidade da questão, um avanço
“vai exigir que ambos os lados comuniquem”.
Fonte: Lusa, 30 de maio de 2025
Comentários
Enviar um comentário