Oliveira Salazar - Relevância do fator político e a solução portuguesa
Estes são tempos de grande preocupação e ansiedade, a que
evidentemente não podemos ser estranhos. Tem-se
insistido tanto em que sairá do último conflito outra humanidade e outra
civilização que por toda a parte se aguarda a floração das novas realidades e
muitos, se sentem inclinados a descobrir no verbalismo que enche a época a
definição dos dogmas salvadores. Temos, em compensação, assistido a
horrores que nem se filiam em princípios do passado nem definem ideais do futuro
e são simplesmente a vergonha de uma época, cujo senso moral, embotado pelo
espetáculo persistente da brutalidade, está perigosamente distanciado dos avanços
do saber. E tudo isto desvaira a inteligência humana.
Não há, porém, dúvida de que no largo plano da vida da
Humanidade se pode estar gerando uma sociedade diferente. 0 que se destruiu
deve ser substituído, mas em grande parte já não pode ser refeito. Que parte do
passado, por ser a própria verdade e a própria vida, há de perdurar? Que
inovações hão- de rejuvenescer as instituições sociais? 0 pensamento dos
homens, como chegado a uma encruzilhada, parece que não sabe por onde seguir.
É certo que a Humanidade acaba sempre por encontrar o seu
caminho. Não está aí o problema. 0 problema está em que o encontre limpo de
ruínas e isento dos sofrimentos sem conta e sem par que são o preço-por demais
elevado de algumas viragens da história. Deve ao menos ser essa a preocupação
dos responsáveis por estas parcelas do Mundo que se chamam nações.
Com este pensamento nos desprenderemos hoje das nebulosas em
que a fantasia se compraz, mas a inteligência se perde, para examinarmos terra
a terra alguns problemas mais concretos da vida política nacional.
I.
Parto de uma verificação: a relevância do fator político na
vida portuguesa. Podemos lamentar que assim seja - e eu lamento-o sinceramente
—, mas é assim. Isto quer dizer que nenhum problema dos que formam a trama da
vida nacional pode esperar solução conveniente sem que a tenha o problema
político.
Duas razões se encontram na origem do facto. Uma, de
carácter geral, é a elefantíase deste monstruoso
Estado moderno, que, mesmo quando desiste de se apoderar das almas, não pode
abster-se de, por mil intervenções e competências, impor diretrizes e limites à
livre expansão da vida social. Sobretudo aqueles que por qualquer
motivo se deixaram atrasar têm de submeter-se ao impulso que só de uma ação
centralizada, de uma força superior, de uma concentração de meios de toda a
ordem pode derivar para o corpo social.
Outra razão, porém, é peculiar nossa e está na fragilidade
da vida portuguesa em todos os aspetos sob que se possa encarar. A constituição familiar, a organização religiosa, a
economia privada, a associação espontânea ou voluntária para fins culturais,
morais, desportivos, de puro interesse material ou ideal, tudo parece oscilar e
de facto depende do bafo salutar ou maléfico do Poder. Pode ser que
uma ou outra vez essa mesma fragilidade se deva a intervenções abusivas do
Estado, na ânsia de alargar a sua ação em esferas privadas da vida; no geral, e
no nosso pais, o fenómeno é devido a causas profundas, que não está ao alcance
de ninguém remediar em curto prazo.
E a conclusão a que chego é a seguinte: não podemos tratar
levianamente; mais, não podemos dispensar-nos de dar a máxima atenção e cuidado
a um problema de que depende em tão alto grau não só o destino da Nação
Portuguesa como a vida e a prosperidade dos nossos concidadãos.
II.
Este problema político, que por muitas dezenas de anos
envenenou a vida portuguesa, terá recebido de nós solução satisfatória? E que
deve entender-se por solução satisfatória do problema político?
Na realidade simples das coisas, a
solução é satisfatória se assegura a existência de um governo forte sob estável
chefatura do Estado, aceites pela conformidade da massa dos cidadãos quando
sentem defendidas as suas liberdades e interesses essenciais. Tal
sorte de governo representa a própria essência e fins do poder público; a
garantia das liberdades essenciais permite «a tranquilidade na ordem», que
significa a paz pública. Podemos aferir, portanto, do valor de uma solução
política, mais do que por justificações doutrinárias, por este facto simples
mas fundamental: se houve progresso na paz. Não é discutível se gozámos de um e
da outra em Portugal nos últimos vinte anos.
III.
A solução política ou o conjunto de soluções
constitucionalmente encontradas para o problema português terá fatalmente de
ser substituído ou sofrer profunda repercussão das transformações políticas
verificadas noutros países? Há muito quem o julgue entre nós - por espírito de
imitação uns, por deficiente análise dos acontecimentos outros, e alguns
porventura pelo gosto da novidade ou pelo cansaço que até o bem causa ao
coração humano.
Julgo que entre as reais qualidades do nosso espírito não se
conta uma forte independência mental. Somos capazes de glosar, desenvolver,
aplicar ou retificar ideias alheias; raro teremos lançado no Mundo uma conceção
nova ou nos teremos emancipado completamente do jugo das conceções alheias. É
assim no domínio da inteligência; não assim no campo da ação propriamente dita,
como o demonstram duas grandes ordens de factos - os
descobrimentos e a colonização portuguesa. Desta verificação se
deviam tirar conclusões preciosas para a educação nacional, mas não é agora o
momento para isso.
É justo termos a maior compreensão em face das dificuldades
que sentem hoje muitos países para ressurgir das ruínas e encontrar uma base
estável de organização política e de paz social. Mas não podemos tomar como a
última palavra da sabedoria política o que nalguns casos são apenas
compromissos entre forças opostas, tentativas de acerto, quando não erupções da
profunda desordem em que a Europa ficou. Devemos subir a outro plano para compreendermos
melhor os problemas presentes e o valor das soluções.
IV.
Devemos ter como factos primaciais do nosso tempo os
seguintes: a deslocação do poder político internacional por efeito da última
guerra; a tendência para se deslocar o centro de gravidade das forças internas,
fenómeno provocado em todo o Mundo pela ascensão das massas ao bem-estar, à
segurança e à atividade política. Examinaremos separadamente estes dois grandes
acontecimentos.
Da última conflagração, esmagados
o Japão e a Alemanha, surgiram para a hegemonia mundial dois grandes poderes:
os Estados Unidos e
a Rússia.
A Inglaterra, que pôde heroicamente salvar-se e à comunidade das nações
britânicas, vê alterada a sua posição relativa, de modo que, embora fazendo
jogo independente na defesa dos seus interesses próprios, se tem aproximado
mais e mais da conceção dualista do mundo anglo-saxónico, a cujo entendimento e
ação concorde as duas potências que o representam vêm sacrificando a inteira
liberdade de se determinar.
Os Estados Unidos sentem, como não sentiram em
1919, a responsabilidade da sua força e da sua vitória, e dá-se com eles o
estranho caso de ascenderem ao primeiro plano da política mundial pelo seu
próprio valor, sem dúvida, mas também impelidos, solicitados pela generalidade
das nações. É quase uma hegemonia plebiscitada,
tal a consciência da insegurança e da possibilidade de mergulhar numa
catástrofe sem a ajuda da grande nação americana. De onde nasce
este sentimento tão geral, tão vivo e tão profundo que não deixou mesmo gozar o
segundo minuto da vitória?
Penso que devemos considerar os Estados Unidos e a
Inglaterra como povos pacíficos, a avaliar pela ansiedade de regressarem à vida
de trabalho depois dos conflitos internacionais e pela sua impreparação
habitual para aqueles em que são obrigados pela força das coisas a participar.
Ignoro se da Rússia se pode dizer a mesma coisa; ainda na melhor hipótese, há
outras diferenças que convém anotar.
Sem se esquecerem os valiosos auxílios e apoios que recebeu
dos seus aliados, a Rússia
revelou extraordinárias qualidades de resistência, de valor ofensivo e de organização,
quer económica quer militar. Sofreu e bateu-se valorosamente e pôde endossar
tanto às suas armas como às virtualidades do seu regime político parte importante
do prestígio da vitória.
Não pode duvidar-se de que o seu poder é forte, dotado de
uma capacidade de deliberação e de execução com que outros não podem competir e
liberto do peso de uma opinião pública, inexistente ou adrede preparada para
apoio da política a seguir. A Rússia é, além disso, a fonte viva duma ideologia
ou mística que se pretende universal, portadora de uma mensagem de libertação
de todos os povos e, sobretudo, das massas supostamente escravizadas e contra a
qual o liberalismo não tem podido lutar com êxito, obrigado como está a
reconhecer ao comunismo direitos de cidade, em igualdade de condições com
outros programas de reforma política ou social. Por virtude da expansão da sua
ideologia, a Rússia não tem só adeptos por toda a parte; ela encontra-se
indiretamente na raiz da inspiração e da atividade governativa em muitos
países.
A estratégia da última fase da guerra, por exigência das
operações ou da política, não só pôs na mão da Rússia a direção efetiva dos
negócios de algumas nações como lhe entregou as posições-chave de onde pode
partir-se em todas as direções à conquista do continente. E, quando se compara
a vastidão do seu território e recursos de população e riqueza com o fio de
pequenos países seus vizinhos na Europa, não se pode deixar de sorrir ante a
insistência com que tem feito aceitar as imposições do seu «direito de defesa».
Eu quero concluir o seguinte: a
Rússia tem hoje todas as possibilidades de dominar inteiramente a Europa e pode
fazê-lo sem que a maior parte dela possa sequer lutar. É isto pelo
menos o que está na lógica do seu poderio incontrolável e da sua doutrina.
Falo em perigo potencial, e não efetivo, visto os dirigentes
soviéticos não estarem obrigados a qualquer lógica senão muito realisticamente
à dos seus interesses e a posição puramente defensiva de todas as outras nações
lhes permitir escolher oportunidades e meios de ação.
A vida tem surpresas de fazer
pensar: quase toda a Europa se bateu e se arruinou por se opor à
«nova ordem» de conceção germânica; mas é sobre as suas ruínas ainda fumegantes
que se vê alastrar a «nova ordem comunista». Ora esta é, por definição,
exclusiva e inconciliável com o conceito de civilização de que se orgulham as
outras hegemonias. A Europa tem de escolher.
Isto o que se enxerga a olho nu, e decerto muitos outros
pensam como eu. Sinto que sobre a miséria e devastações do último conflito é um
crime toda a palavra imprudente e incitadora de um estado de espírito belicoso
ou menos conforme à universal necessidade e ânsia de paz, e as minhas palavras
não podem ser acusadas disso. Mas é crime mais grave ainda contra a Humanidade
fechar os olhos a realidades palpáveis e portadoras de germes tão graves para a
mesma paz que se pretende consolidar.
Ora quando atento na profundidade da crise que a Europa
atravessa e vejo que o remédio mais imediato é para alguns de nós a existência
de três, seis ou dez partidos, um Parlamento tumultuoso e um governo paralisado
pela pressão de elementos contraditórios, não posso deixar de considerar a
desproporção entre o mal e os remédios e verificar com profunda tristeza a
cegueira dos homens.
A Rússia dispõe de uma doutrina, de uma força, de uma
técnica e de um governo. Admitamos que os seus intentos e o seu interesse são
viver pacificamente a sua vida, e não impor fora das fronteiras a «sua ordem».
Como poderão emergir das ruínas e da anarquia atual estados sem doutrina, sem
força, sem técnica de ação e sem governo? Cada um pode tirar daqui as
conclusões que entender.
Digamos agora alguma coisa do outro grande acontecimento a
que aludi acima. 0 mundo que aí vem, a sociedade
em que vamos viver, serão certamente muito diversos do mundo e da sociedade
atuais - quadro das nossas emoções, da nossa compreensão e dos
nossos interesses. E ainda que as grandes transformações sociais costumam
operar-se não por saltos bruscos mas paulatinamente, todos podem verificar como
se modificam a cada momento coisas que reputaríamos imutáveis. A nossa
inteligência da vida, das relações com os semelhantes, da função da riqueza e
do trabalho, da hierarquia tradicional de valores na sociedade vai-se alterando
e um dia quase não perceberemos como nós ou nossos pais podiam pensar diferentemente
no tempo antigo.
Não é exato que o chamado movimento ascensional das massas
seja fenómeno originado nas duas últimas guerras, embora estas hajam
contribuído para abalar a solidez dos quadros existentes e de posições que sem
isso talvez se mantivessem ainda por muito tempo. Nem se deve pensar que para o
facto tenha de algum modo contribuído a revolução bolchevista, por muitos
considerada mais como salto ousado para alcançar o Ocidente do que pioneiro,
guia ou padrão de justiça social. 0 que o
bolchevismo fez foi outra coisa: acreditou a mística da
possibilidade de se criar uma sociedade inteiramente nova, modelada em ficções
ideológicas e com desconhecimento ou desprezo do que o homem é no seu ser
moral; o que fez foi, pela extensão da experiência e pela ousadia da
propaganda, transviar muitos dos que deviam estar seguros da verdade e impor
dois sentimentos de baixa classe, perniciosos ao progresso humano: a
desmoralização e subserviência das elites e a supremacia do número.
Seja como for, todo o Estado moderno, independentemente da
sua fácies política, vai ser dominado pela
preocupação do «social», preocupação que há de certamente
traduzir-se em intervenções mais ou menos profundas no domínio económico —
propriedade e produção —, mas cuja finalidade se cifra em se conseguir melhor
distribuição da riqueza produzida e na admissão da generalidade dos indivíduos
aos benefícios da civilização.
Quer pelo facto de os interessados tenderem a confiar da sua
própria ação a satisfação das suas reivindicações, quer em virtude das
melhorias conquistadas, não se pode desconhecer o peso que essas massas
representam na vida do Estado e até na sua organização. A questão que se põe é
por isso a seguinte: qual a melhor forma de representação e de defesa dos
trabalhadores no Estado?
A segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do
atual parece terem revelado que o regime parlamentar não pôde dar solução
satisfatória ao problema. Tanto quando as massas trabalhadoras se
desinteressaram da organização do Estado como quando se interessaram na sua
direção por meio de partidos socialistas, sentiu-se que não foi atingido o
escopo geral. Em numerosos casos ao lado do partido - organização política -
surgiu o sindicato e seus graus superiores — organização social. É inútil
pensar que o alargamento do sufrágio daria satisfação e resolveria a dificuldade.
Na melhor hipótese a representação parlamentar oferece o aspecto duma
duplicação de forças, que ou se revelam hostis ou pelo menos inarmónicas, mesmo
quando o partido que se arroga a representação das massas operárias exerce com
exclusividade o poder. Por mim não estranho que assim seja.
Em segundo lugar: é tal a complexidade das sociedades
civilizadas, são tão numerosos e intrincados os interesses materiais e morais
que nelas se movimentam tão necessárias uma direção superior e uma ação
arbitral para dirimir conflitos possíveis, que bem parece não poder o Estado
exercer a sua ação independentemente de duas condições: a primeira, a existência de uma organização
social-base, estranha e independente de qualquer outra organização destinada a
criar um órgão político de representação; a
segunda, a reforma do Estado no sentido de se aproximar ou, melhor,
de incorporar em si mesmo essa organização.
Sou assim levado a crer que a solução do problema enunciado
acima vai impor no futuro um tipo de Estado no qual o conjunto dos interesses
da Nação, integralmente organizados, tenha representação efetiva e direta por
intermédio dos próprios interessados.
Não desejava que nos considerassem precursores, mas é aquilo
mesmo o que pacientemente temos procurado fazer.
VI.
Vou terminar:
Levaram há dias a dormir o eterno sono na sua querida terra
de província um homem que foi meu professor de Direito em Coimbra. Sem grandes
qualidades de exposição e de brilho, era, no entanto, possuidor de uma grande
inteligência e de primores de carácter verdadeiramente excecionais. Militou num
dos antigos partidos e penso que, conservando-se alheado da atividade política,
quis manter-se fiel à sua anterior posição.
Um dia, de passagem em Lisboa, e vencendo uma espécie de
repugnância instintiva, subi pela primeira vez as escadas do Terreiro do Paço
para o cumprimentar, pois que fora nomeado ministro da Instrução. Recebeu-me,
como sempre e como a todos, com bondosa simplicidade; e às palavras que lhe
dirigi e em que certamente deixara transparecer a esperança de vasta ação
reformadora, tão urgente naquele sector da administração pública, cortou cerce
todas as minhas esperanças com esta frase de puro desânimo: «Não! Não se pode fazer nada».
Não lhe sobressaltara o espírito sequer aquele alvoroço dos
primeiros momentos, natural aliás em quem é elevado a alta posição; nem lhe
animava o olhar aquele fogo interior — esperança, contentamento ou ambição
satisfeita. Encostado à secretária, o olhar vago, os braços cruzados, o ar de
vítima, a sua figura ficou sendo para mim um símbolo: pareceu-me que esse homem
de bem apenas por disciplina aceitara esta coisa horrível que é o sacrifício do
valor próprio à inutilidade total.
Diante do seu espírito, ao medir as possibilidades de ação,
perpassava certamente a imagem da balbúrdia, sanguinolenta ou torpe, em que nós
acabámos por converter, na sua transplantação para Portugal, o correto e
fleumático parlamentarismo britânico.
Por andar muito longe do meu espírito qualquer ideia de
governar, não o pensei então; mas depois disso muita vez me surpreendi a
interrogar-me: porque havia o discípulo de fazer mais ou melhor do que o
mestre? Esta pergunta torna a conduzir-nos ao coração do problema objeto do meu
discurso.
Não é exato que todos os regimes se equivalham e também não
é seguro que o mais perfeito no domínio da doutrina seja sempre o melhor nas
contingências da prática. De uns se diz terem virtualidades peculiares e de
outros se sabe exigirem aos cidadãos virtudes cívicas em grau que nem todos os
povos atingiram ainda. Pode, porém, afoitamente assegurar-se que a eficiência
não é igual em todos nem igual o rendimento do elemento humano.
Quando um país encontrou, como Portugal, uma linha
conveniente de pensamento e de ação política, assente em segura experiência, é
desassisado trocá-los, dando atenção a vozes, aliás dissonantes, que se erguem
das ruínas e das divisões da Europa a apregoar sistemas salvadores. Sejamos
largos de pensamento e aceitemos as correções e desenvolvimentos que o regime
comporta, sem se negar; intensifiquemos a aplicação dos princípios que só parcialmente
têm sido aplicados quanto à organização e representação direta no Estado dos
interesses que se movem no seio da Nação; continuemos de braços abertos para a
colaboração de todos os que de coração isento desejem apenas trabalhar para o
bem comum. Sobretudo, não percamos o ânimo nem a serenidade neste tormentoso
mar de paixões e sejamos prudentes. Tempos houve em que os portugueses se
dividiam acerca da forma de melhor servir a Pátria; talvez
se aproximem tempos em que a grande divisão, o inultrapassável abismo há de ser
entre os que servem a Pátria e os que a negam.
Oliveira Salazar - Discursos e Notas Políticas (1943 a 1950)
Na sessão inaugural da I Conferência da União Nacional, em 9 de novembro de 1946, realizada no Liceu D. Filipa de Lencastre.
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