Pentágono quer prontidão face eventual confronto com China e reforço
"Este é um orçamento orientado para a estratégia -- e
impulsionado pela seriedade
da nossa concorrência estratégica com a República Popular da China",
disse o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, num depoimento
perante o subcomité de Defesa da Câmara dos Representantes (câmara baixa do
Congresso), onde foi pedir a aprovação do orçamento de 842 mil milhões de
dólares (cerca de 775 mil milhões de euros).
Austin justificou as linhas do orçamento, com um aumento
de 40% em relação ao ano anterior, enumerando uma forte aposta em novas tecnologias,
como armas hipersónicas, para desenvolver capacidades militares no Pacífico e
defender os países aliados.
O depoimento de Austin no Congresso ocorre logo após a
visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Moscovo, onde este se disponibilizou
para estreitar relações com a Rússia, em plena guerra na Ucrânia.
Para o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, as ações da China "estão a conduzir este país para o caminho do confronto e potencial conflito com os seus vizinhos e possivelmente com os Estados Unidos".
Na mesma sessão no subcomité, Milley admitiu que o orçamento
agora proposto pelo Pentágono "é extraordinariamente caro, mas não é
tão caro como travar uma guerra", defendendo que os gastos previstos podem "prevenir um
possível conflito com a China".
Austin corroborou as preocupações dos chefes militares,
dizendo que a crescente aliança entre China e Rússia, duas potências nucleares,
são preocupantes.
Fonte: Notícias ao Minuto, 23 de março de 2023
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