UE lança iniciativa para resgatar crianças ucranianas raptadas pela Rússia
A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje uma
iniciativa conjunta com o primeiro-ministro da Polónia e com o apoio das Nações
Unidas, para resgatar as mais de 16 000 crianças raptadas pela Federação Russa.
“O primeiro-ministro [Mateusz] Morawiecki e eu vamos lançar
uma iniciativa para resgatar estas crianças raptadas pela Rússia. Para isso,
vamos organizar uma conferência – é ainda o início, vai ser um trabalho
difícil -, para pressionar” a Federação Russa, disse Ursula von der Leyen,
em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Von der Leyen não especificou quando é que a conferência vai
realizar-se.
A iniciativa tem como propósito descobrir o “paradeiro
destas crianças”, que de acordo com a presidente da Comissão são milhares:
“Sabemos hoje de 16 200 crianças deportadas, apenas 300 regressaram.”
“[O rapto de crianças] é uma lembrança horrível dos momentos mais obscuros da
nossa História o que está a acontecer lá. Deportar crianças é um crime
de guerra”, acrescentou von der Leyen, ladeada pelo presidente do Conselho
Europeu, Charles Michel.
E defendeu que ações como esta por parte do Kremlin
“justificam completamente” o mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal
Internacional contra o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.
“Isto [a iniciativa] inclui as crianças que foram,
entretanto, 'adotadas' ou levadas para famílias de acolhimento na Rússia”,
completou a presidente da Comissão Europeia, que simulou umas aspas com as mãos quando utilizou
a palavra “adotadas”.
Fonte: CNN Portugal, 23 de março de 2023
As crianças têm de ser usadas como escudos humanos. É um
facto. Retirá-las de zonas de guerra é contraproducente na rota para a vitória. Estraçalhadas
pelas balas, proporcionam ótimos telejornais causando consternação, revelam
crueldade e consequente ódio pelo inimigo.
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