Mossad reivindica captura de chefe de “célula terrorista” em território do arqui-inimigo
Safe House
- Denzel Washington, Robert Patrick, Vernon Willemse
Os serviços secretos israelitas (Mossad) revelaram esta
quinta-feira ter efetuado recentemente uma operação em território do Irão,
onde capturaram o chefe de uma “célula terrorista” iraniana, que terá revelado
preparativos de ataques contra objetivos israelitas e judeus no Chipre.
“Numa operação antiterrorista em solo iraniano, a Mossad
capturou o chefe de uma célula”, de nome Yusef Shahabazi, “que forneceu aos seus
investigadores uma informação detalhada que permitiu o desmantelamento da
célula”, asseguraram os serviços secretos judaicos.
A
revelação é considerada muito rara pelo facto de a Mossad geralmente atuar com
o máximo secretismo e quase nunca revelar as suas operações no estrangeiro.
O Irão, arqui-inimigo de Israel, denunciou no passado
diversos grupos e operações vinculadas à Mossad, e também acusou Israel de
efetuar assassinatos e ações que mataram cientistas nucleares e responsáveis
militares em território iraniano.
Agora, a Mossad divulgou inclusive um vídeo em que Shahabazi
confessa detalhes sobre a sua deslocação a Chipre e planos para cometer um
assassinato.
A informação terá sido entregue aos serviços de segurança
cipriotas, que desmantelaram a célula iraniana, com a Mossad a prometer que
“continuará a tomar medidas decididas para evitar ataques contra judeus e
israelitas em todo o mundo”.
No domingo, os ‘media’ cipriotas informaram sobre os
preparativos de um ataque, frustrado pelos serviços secretos locais com alegada
colaboração de Israel e Estados Unidos, e atribuíram-no ao Corpo da Guarda
Revolucionária do Irão, considerado “organização terrorista” por Washington e
diversos países.
Israel
e o Irão mantêm uma guerra encoberta que inclui ciberataques, supostos
assassinatos e sabotagens a barcos e instalações nucleares iranianas,
apesar de nenhum dos países ter reconhecido publicamente estas ações.
O Conselho de Segurança Nacional de Israel advertiu este ano
que Chipre e a Grécia são países onde podem registar-se ataques a judeus e
israelitas.
O Estado judaico também tem atacado desde há vários anos
posições militares iranianas ou de milícias aliadas na Síria para tentar
contrariar a sua presença na região.
Fonte: CNN Portugal, 29 de junho de 2023
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