Primeira-ministra italiana ameaçada de morte antes de visita a cidade no sul
Live Wire (1992)
Entre as mensagens nas redes sociais para a primeira-ministra
italiana encontra-se uma de uma mulher em Nápoles que aconselhava Meloni a
ficar em casa, criticando-a pela eliminação progressiva dos rendimentos
mínimos de sobrevivência — uma das causas para as ameaças.
Uma outra mensagem diz que os moradores locais deveriam
“cumprimentar a pescadora Meloni com tomates podres por ter retirado o
rendimento de sobrevivência do grupo de pessoas que vive precariamente nessas
áreas”.
Uma outra mensagem diz que esperava que Meloni saísse da
sua visita com marcas físicas no corpo, “para entender os problemas que
causou”.
Na quinta-feira, Meloni deverá visitar Caivano, uma cidade
conhecida pelos seus elevados índices de criminalidade e tráfico de droga, onde
no passado mês duas primas de 12 anos foram violadas por seis jovens.
Após o anúncio da visita, as redes sociais revelaram
várias mensagens intimidatórias contra Meloni, a pretexto do corte de
apoios públicos a setores da população que recebem rendimentos mínimos de
sobrevivência.
Estas mensagens de ameaças já provocaram reações de
solidariedade de vários quadrantes políticos, desde a direita à esquerda.
Elly Schlein, líder da oposição em Itália pelo
Partido Democrático (centro-esquerda), disse que essas ameaças são
intoleráveis.
“Mensagens de intimidação, incitação ao ódio e à violência não
devem ter lugar numa democracia e encontrarão sempre a mais forte
condenação de todo o Partido Democrata”, disse Schlein, juntando a sua voz à de
outras reações de condenação às ameaças à chefe de Governo italiano.
Meloni já agradeceu a todos aqueles que têm manifestado a
sua solidariedade perante as ameaças.
“Agradeço a todos os que manifestaram a sua solidariedade
face às ameaças recebidas perante a minha visita a Caivano. (…) A intimidação
não impedirá a nossa presença ao lado dos muitos cidadãos que exigem segurança
e um futuro melhor para os seus filhos”, disse Meloni, numa mensagem nas redes
sociais.
Fonte: Sapo 24, 30 de agosto de 2023
Sem os políticos sentirem o resultado das suas decisões não há democracia, apenas perfilhados de partidos que sacam chorudos vencimentos e benefícios excecionais.
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