Plano da China? "Ao contrário da fórmula de Zelensky, resulta da análise"
Alfred
Hitchcock Presents / Hooked - Robert Horton, Anne Francis
As
palavras são do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que
defende um processo de negociação sobre a Ucrânia com base no plano chinês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov,
afirmou, na sexta-feira, que a Rússia está pronta a garantir os interesses
legítimos de outros participantes durante o processo de negociação sobre a
Ucrânia desde que os seus próprios interesses sejam respeitados.
Tal como o presidente russo, Vladimir Putin, já tinha
admitido anteriormente, Lavrov também defendeu que o plano de paz para a Ucrânia apresentado pela China
pode servir de base para uma resolução do conflito quando o Ocidente estiver
preparado para isso.
"Deve [o plano] servir de base para negociações com o
objetivo de garantir - esta era a disposição fundamental - a segurança igual
para todos os participantes neste processo. É esta a nossa posição. As formas
de pôr em prática estes princípios só podem ser encontrados à mesa das
negociações", frisou, em declarações ao diário Izvestia.
No seu entendimento, as negociações não podem ser baseadas
na "fórmula de paz" proposta pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e promovida pela Europa e pelos Estados
Unidos, mas sim "com base numa análise séria dos problemas de
segurança existentes, no reconhecimento das realidades no terreno e nas
garantias dos legítimos interesses de segurança da Federação Russa".
"Da nossa parte, estamos prontos a garantir os
interesses legítimos de segurança de outros participantes nas
conversações", acrescentou.
O ministro acrescentou que a Rússia agiu positivamente em
relação ao plano de paz da
China, publicado em fevereiro
de 2023. "Ao contrário da fórmula de Zelensky, que não
faz sentido do ponto de vista das perspetivas diplomáticas, o documento chinês resulta da
análise das razões subjacentes a esses acontecimentos e da necessidade de os
corrigir", salientou.
Recorde-se que o plano chinês foi divulgado a 24 de
fevereiro de 2023, no dia em que se assinalou um ano da invasão russa na
Ucrânia.
No plano,
a China pede um cessar-fogo, negociações de paz e o fim das sanções contra a
Rússia, mas também defende que a soberania e a integridade territorial de todos
os países devem ser mantidas.
Sobre a iniciativa chinesa, Kiev exigiu a retirada das
tropas russas do território ucraniano antes de qualquer negociação e observou
que o plano de Pequim não aborda a anexação ilegal das regiões ucranianas
anexadas pela Rússia.
Fonte: Notícias ao Minuto, 30 de março de 2024
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